Desvendando as estereotipias: o que são e como afetam as crianças 

Desvendando as estereotipias: o que são e como afetam as crianças 

 

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O Autismo é assunto extremamente amplo e diverso, certo? São múltiplas as camadas de investigação até chegar ao diagnóstico, sem contar todas as particularidades e o universo de cada uma desses pequenos. Por isso, se você tem uma criança atípica na família ou conhece alguma, com certeza já ouviu falar das estereotipias no contexto do Transtorno do Espectro Autista 

Então, se quer entender melhor esse universo, continue com a gente, porque preparamos um conteúdo completinho sobre estereotipias para te auxiliar! Boa leitura! 

 

Afinal, o que são as estereotipias? 

Existe uma conhecida frase que diz: “Se você conhece um autista, você conhece apenas um autista”. E essa frase pode resumir bastante a questão das estereotipias também. 

Estereotipias, ou o termo em inglês stimming, são comportamentos vocais ou motores repetitivos, restritos e sem finalidade aparente que são frequentemente observados em indivíduos com Transtornos do Espectro Autista (TEA) de forma particular e em outras condições neuropsiquiátricas. Ou seja, podem ser definidas como ações repetitivas ou ritualísticas vindas do movimento, da postura ou da fala.  

 

Tiques ou estereotipias: como diferenciar 

Tanto os tiques quanto as estereotipias são comportamentos comuns na infância, mas eles acontecem em momentos diferentes e, por isso, também possuem características distintas. Olha só: 

  • Os tiques podem aparecer em crianças entre 5 e 7 anos idade, possuem um padrão bem variável desde piscar os olhos, fazer caretas, contrair os músculos e mexer a cabeça. A duração dos movimentos pode ser intermitente e rápida e podem estar associados a quadros de TDAH e Síndrome de Tourette. Eles variam em gravidade de criança para criança e também ao longo do tempo, sendo intensificados nas situações de ansiedade e nervosismo. 
  • As estereotipias, por sua vez, podem incluir movimentos de sacudir as mãos e braços, balançar o tronco, por exemplo, mas de forma intermitente e prolongada. Mas se manifestam em crianças com menos de 3 anos e fazem parte do diagnóstico do autismo ou até mesmo da deficiência intelectual. 

 

Podemos dizer que a estereotipia é normal? 

Dentro do contexto do Espectro Autista, sim. As estereotipias são respostas repetitivas que visam apenas a autoestimulação, ou seja, a criança se estimula sozinha para buscar sensações físicas prazerosas e uma regulação sensorial do próprio organismo. 

Mas não podemos dizer que é ideal. Enquanto a criança está envolvida nessas respostas, ela não responde nem observa o ambiente em que está inserida e, com isso, perde oportunidades de aprendizagem, prejudicando sua socialização e integração, podendo gerar uma cascata de prejuízos decorrentes. 

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Mangas Sensoriais Amigo Panda

 

Como identificar as estereotipias em crianças atípicas 

Antes de abordar as estereotipias em si, precisamos entender a causa desses comportamentos através da sobrecarga sensorial. 

A sobrecarga sensorial é uma condição na qual o cérebro recebe mais informações sensoriais do que é capaz de processar e filtrar. Isso pode acontecer quando uma criança é exposta a muitos estímulos sensoriais ao mesmo tempo, como barulhos altos, luzes brilhantes, texturas diferentes e cheiros fortes.  

Quando a quantidade de informações sensoriais que o cérebro precisa processar é maior do que ele é capaz de lidar, a criança pode se sentir sobrecarregada, o que pode causar desconforto e afetar seu comportamento. 

Mas antes que você pense que esse desconforto leva a criança a um descontrole físico ocasionando as estereotipias, vamos te explicar que não é bem assim que acontece. 

Ao realizar movimentos próprios das estereotipias, eles são conscientes e a criança está apenas se autoestimulando para lidar com a ansiedade. 

Os comportamentos mais comuns para reconhecer as estereotipias são: 

  • Balançar o corpo para frente e para trás, de lado para o outro ou em círculos; 
  • Alinhar ou empilhar objetos de forma obsessiva; 
  • Girar objetos repetidamente ou brincar com partes de objetos, como rodas de brinquedos; 
  • Agitar as mãos, os dedos ou os braços; 
  • Repetir palavras, frases ou sons em voz alta; 
  • Olhar fixamente para objetos ou para as mãos. 

Se você quiser se aprofundar sobre o tema de Disfunções Sensoriais, indicamos que depois você leia o artigo sobre o Protocolo de Wilbarger . 

 

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Conjunto Bermuda e Blusa Sensorial Amigo Panda

Leia (+) Como identificar disfunções sensoriais em crianças

Como adultos podem lidar com as estereotipias das crianças com autismo? 

Lidar com as estereotipias das crianças no dia a dia pode ser desafiador, mas existem algumas estratégias que adultos podem utilizar para ajudar as crianças nesses momentos. Algumas sugestões incluem: 

  1. Observar e entender: o adulto deve observar o comportamento estereotipado da criança e entender o que está motivando. Só assim é possível compreender o gatilho e agir.
  2. Oferecer apoio emocional: as estereotipias podem ser um sinal de que a criança está se sentindo desconfortável. Oferecer apoio emocional e acalmar a criança pode ajudá-la a se sentir mais segura e confortável.
  3. Reduzir as fontes de estresse sensorial: sabemos que as estereotipias podem ser agravadas por estímulos sensoriais excessivos. Então, reduzir o barulho, a luz ou outros estímulos sensoriais pode ajudar a diminuir as estereotipias.
  4. Proporcionar outras formas de autoestimulação: oferecer brinquedos sensoriais ou ensinar exercícios de respiração pode ajudar a criança a lidar com a necessidade de se estimular.
  5. Buscar ajuda profissional: se as estereotipias estiverem interferindo significativamente na vida da criança, é importante buscar ajuda profissional. Um neurologista, terapeuta ou psicólogo podem ajudar a determinar o melhor curso de tratamento e desenvolver um plano de intervenção personalizado para o seu filho. 

Lembre-se: lidar com as estereotipias das crianças atípicas requer paciência, compreensão e um cuidado individualizado. Cada criança é única e pode exigir diferentes estratégias para lidar com seus comportamentos repetitivos e restritos. 

 

Produtos sensoriais que auxiliam na resposta sensorial 

O Amigo Panda é uma loja online especializada em produtos para crianças atípicas. Sejam elas com complicações motoras ou sensoriais. Temos produtos desenvolvidos por Terapeutas Ocupacionais e cocriados junto à nossa comunidade de pais e mães atípicos e outros profissionais, como Coletes Posturais, Vestes Sensoriais e acessórios. 

Tudo para atender necessidades específicas de crianças com Transtorno do Espectro Autista, Disfunção de Integração Sensorial, Sìndrome de Rett, Transtorno Global do Desenvolvimento e outras.

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Quer conhecer alguns produtos especiais para crianças com autismo? Olha só: 

Conjunto Sensorial Amigo Panda

Quando a criança com autismo veste a roupa sensorial, ela fica bem justa ao corpo. Como a roupa sensorial é feita de um material especial compressivo, o conjunto exerce uma pressão sobre o corpo fazendo os músculos e articulações se contraírem, enviando informação para o cérebro e ativando a percepção que a criança tem sobre o próprio corpo. 

Desta forma, ela é capaz de ativar e regular o sistema proprioceptivo, gerando respostas adaptativas. Esta ativação feita pelo conjunto sensorial faz com que a criança receba as informações do ambiente e as interprete com mais eficiência e tranquilidade, podendo até evitar uma crise sensorial. 

 

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Conjunto Sensorial Calça e Blusa Amigo Panda

 

Colete Ponderado  

Muito útil para crianças e adolescentes que possuem desordens sensoriais, o Colete Ponderado do Amigo Panda pode ser usado em casos de TEA, TDA e TDAH. Agindo como um auxiliar para: 

  • Melhorar o foco da criança; 
  • Controlar a ansiedade; 
  • Melhorar a regulação emocional; 
  • Diminuir as estereotipias infantis; 
  • Melhorar o planejamento motor; 
  • Melhorar a coordenação. 

Além desses tópicos, os benefícios dos Coletes com Peso Amigo Panda podem se estender até a outros processos internos da criança, incluindo melhores hábitos de sono e impactando a interocepção – a sensação das condições internas do corpo, incluindo fome, sede, temperatura corporal, etc. 

Da mesma forma, os resultados esperados podem ser melhora da segurança da criança, com o aumento do seu controle corporal, da coordenação motora e da capacidade de concentração e, também, a diminuição da irritabilidade causada pela crise sensorial. 

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O Colete Ponderado é uma ótima ferramenta para o estímulo sensorial na criança com autismo. Clique para conhecer!

Como lidar com o preconceito e a falta de informação sobre as estereotipias? 

A chave aqui é educar as pessoas sobre essa condição e promover a aceitação e a inclusão. 

  • Isso inclui explicar que as estereotipias não são comportamentos escolhidos ou voluntários, mas sim uma forma da criança lidar com suas emoções e necessidades sensoriais; 
  • Enfatizar a individualidade da criança! Cada criança é única, e as estereotipias não definem quem ela é. 
  • Promover a inclusão. É essencial incentivar outras crianças e adultos a interagirem com a criança e a compreenderem suas necessidades; 
  • Buscar apoio social e médico: trocar informações com outras famílias e acompanhar de perto o desenvolvimento desses pequenos fará muita diferença para promover habilidades sociais e de comunicação mais eficazes para eles. 

 

O mundo das crianças atípicas merece a sua atenção! 

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Nos vemos no próximo artigo! Até lá! 

 

 

 

 

 

Este artigo é um conteúdo autoral do Amigo Panda, mas foram utilizadas fontes de pesquisa nesta redação. 

1 COMENTÁRIO

  1. Excelente artigo vocês disponibilizaram.

    Obrigada pela oportunidade de conhecer sobre o assunto
    Sou psicopedagoga e psicomotricista
    Estudante de neuropsicomotricidade.

    Gratidão,
    Eliana Campos

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