Todo mundo já ouviu falar em escoliose, não é mesmo? Mas do que exatamente se trata essa palavrinha? Bem, a escoliose é uma condição que provoca uma curvatura na coluna vertebral. Essas curvaturas podem estar presentes desde o nascimento de uma criança, se desenvolverem durante a infância ou até na adolescência.
Esta condição acomete até 2% das crianças em idade escolar, em diferentes tipos e graus, e pode trazer sérios comprometimentos. Sua ocorrência é maior em meninas do que meninos e, se não tratada, a escoliose infantil pode evoluir de forma que seus sintomas sejam mais fortes e sua correção passe a ser somente cirúrgica.
Por conta disso, é muito importante saber mais sobre o assunto para diagnosticar precocemente, seja em uma criança sintomática ou assintomática. Os tratamentos podem ser mais simples e o ganho na qualidade de vida é considerável.
Para que você entenda mais sobre as causas e os sintomas da escoliose infantil para conseguir observá-la em seu filho, bem como entender um pouco mais sobre as possibilidades de tratamento, é só seguir neste texto!
Tabela de conteúdo
Escoliose infantil: causas
As causas da escoliose infantil podem ser congênitas e já existirem quando a criança nascer, como em casos de malformação da coluna vertebral ou das costelas. A condição pode ter também uma causa neuromuscular, sendo ocasionada por um problema no sistema nervoso e muscular, como nos casos de paralisia cerebral.
Uma escoliose infantil pode, ainda, ser idiopática – o que quer dizer que não tem origem esclarecida – e esse o caso mais comum. Nesse tipo de ocorrência, a criança nasce com a coluna normal e ela acaba se deformando ao longo dos anos.
Os motivos para que essa deformação aconteça sem que haja algum problema prévio podem ser variados, mas a obesidade é um alto fator de risco, bem como a rotina de carregar peso em excesso (que acaba sendo comum ao longo da trajetória escolar), o uso de mochilas de maneira assimétrica, o uso de calçados inapropriados e o fato de passar a maior parte do dia na posição sentado.
Escoliose infantil: tipos
As curvaturas vertebrais causadas pela escoliose podem ser classificadas em dois tipos:
Funcional
Neste caso, a coluna está com toda a sua estrutura preservada, pois a curvatura não está definitivamente instalada. Sem atingir as estruturas ósseas, as deformações leves podem ser causadas por motivos posturais ou advindos de outras disfunções, como sutis diferenças de cumprimento entre as pernas.
Estrutural
Neste caso a curvatura já atingiu as vértebras e, por isso, é fixa, independente da postura da criança ou de qualquer outra disfunção passageira.
Como evitar?
Os cuidados para prevenir o aparecimento da escoliose infantil devem começar desde cedo. Mantendo uma postura correta, a criança exige menos da musculatura que envolve a coluna, correndo menos risco de desenvolver desequilíbrios. Por isso, estimule a criança a sentar corretamente, sentar-se sob o bumbum, não ficar tempo demasiado olhando para baixo e usar corretamente os encostos. Algumas outras dicas também são importantes para vida inteira, como:
- Praticar exercícios físicos para fortalecer a musculatura tanto das costas quanto do abdômen;
- Manter o peso adequado para a idade;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Usar calçados adequados e evitar o uso de saltos com frequência, uma vez que eles estimulam um desalinhamento da postura
Outra forma de prevenir a escoliose infantil é a realização de exames periódicos na região da coluna. Para isso, acompanhe o desenvolvimento da criança com um ortopedista. É importante se atentar principalmente ao período do estirão de crescimento, pois a tendência de desenvolver um desequilíbrio vertebral nesta fase é muito forte.
Como diagnosticar a escoliose infantil em uma criança?
Para concluir qualquer diagnóstico, é muito importante levar a criança a um profissional especializado, que, nesse caso, pode ser um médico ortopedista ou fisioterapeuta. No entanto, é possível observar alguns sintomas que ajudam a indicar a condição e que possam acender o seu alerta. Confira se:
- o corpo da criança se inclina mais para um lado que para o outro;
- existe uma proeminência anormal de uma das escápulas;
- a cintura parece desigual;
- os ombros ou os quadris se mostram assimétricos;
- um lado da caixa torácica ou uma perna pareça menor que a outra;
- ela costuma reclamar de dores musculares leves ou intensas;
- ela demonstra sensação de fadiga nas costas, especialmente após um período prolongado na posição sentada ou em pé.
Quadros mais graves da escoliose podem ocasionar, também, dificuldade respiratória, uma vez que a curvatura da coluna diminui o espaço do tórax prejudicando o funcionando dos pulmões.
Quanto antes identificados os sintomas, mais cedo é possível procurar ajuda especializada para que seja feita a avaliação postural e, se for o caso, prescrição de exames de imagem para analisar o grau do comprometimento. Esses exames são o raio X, a tomografia ou a ressonância magnética, se for o caso. Por meio deles é possível identificar o nível da curvatura e possíveis lesões nas vértebras causada pela escoliose.
Um caso de escoliose infantil não tratado gera, inevitavelmente, inúmeros prejuízos ao desenvolvimento da criança e à sua vida qualidade de vida adulta, tais como:
- progressão cada vez maior da curvatura;
- dor na coluna lombar;
- problemas emocionais;
- problemas respiratórios;
- danos na medula ou no nervo espinhal;
- extrema dificuldade do encaixe dos ossos.
Como tratar escoliose infantil?
Essa condição que acomete a coluna vertebral tem cura quando tratada com rapidez e dedicação. Para começar, é importante procurar o acompanhamento do profissional de saúde adequado. O protocolo de tratamento da escoliose infantil deve levar em consideração a idade da criança, a intensidade da dor, a possível causa e o quanto ela atrapalha as funcionalidades e a qualidade de vida do indivíduo.
Em casos mais graves, nos quais o desvio da coluna ultrapassa os 50 graus, possivelmente haja a necessidade do tratamento cirúrgico. Dependendo da localização da curva, alguns órgãos podem estar sendo comprimidos, como pulmão e coração. A cirurgia acontece geralmente entre 10 e 12 anos de idade. Depois do procedimento, deve ser feito um acompanhamento com fisioterapeuta.
Curvas de até 30 graus, no entanto, podem ser tratadas de maneiras menos invasivas, por meio de fisioterapia para realização de alongamentos e fortalecimento da musculatura acometida. O RPG (Reeducação Postural Global) também é uma boa opção.
O uso de colete para escoliose infantil é extremamente recomendado, com o objetivo de estimular o alinhamento correto da coluna bem como a musculatura e o sistema sensorial. Dessa forma, é possível controlar a progressão da curvatura, ajudando a evitar a piora do quadro e dos sintomas.
Como funciona o colete para escoliose infantil
O uso de um colete para o tratamento da escoliose infantil deve ser prescrito por um ortopedista ou fisioterapeuta. A criança deve passar por avaliações com esses profissionais antes da recomendação do uso, para que ele possa analisar se o colete é a opção mais adequada para o tratamento neste caso.
O colete para escoliose infantil pode ser uma veste ou um dispositivo rígido. No caso da veste, ela geralmente é feita de material malha ou outro que permita movimentação. No caso do dispositivo rígido, ele é feito em material duro tipo policarbonato. Cada tipo possui seu sistema particular de ação, mas ambos possuem o mesmo objetivo de evitar a progressão da curvatura da escoliose infantil e ajudar a criança a se desenvolver plenamente e com qualidade de vida.
Em relação ao tempo de uso diário do colete para o tratamento para escoliose infantil, é necessário que a criança utilize o recurso durante o tempo determinado pelo profissional que indicou sua utilização. Esse tempo pode variar entre algumas horas e até o dia inteiro, retirando-o apenas para tomar banho e dormir. Esse tempo também vai depender bastante do tipo de colete utilizado.
Se a criança fizer o uso do colete regularmente, seguindo as orientações à risca e tendo o acompanhamento de sessões de fisioterapia para o trabalho de fortalecimento e alongamento, é provável que ela deixe de usar o colete em algum momento, uma vez que haverá estabilização na progressão da curva.
É de extrema importância, porém, ressaltar que para chegar a esse resultado é preciso muita dedicação e assiduidade ao tratamento. Esse processo pode levar anos, dependendo do nível de comprometimento da coluna.
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É desenvolvido para auxiliar no (re)alinhamento postural. Além disso ela estimula o sistema proprioceptivo. BTP significa ” body de tração posterior”, que significa que as abas serão tracionadas para trás, promovendo a extensão do tronco.
É uma roupa desenvolvida para auxiliar no (re)alinhamento postural. Além disso ela estimula o sistema proprioceptivo. BTA significa ” body de tração anterior”, que significa que as abas serão tracionadas para frente, promovendo estímulo para flexão do tronco.
Permite que seja estimulada a rotação interna ou externa de membros inferiores. Ele se assemelha ao Body BTP na parte do tronco, mas possui “perninhas”. É indicado para as crianças que não possuem controle de tronco, com cifose e/ou escoliose infantil e rotação prejudicial interna ou externa das pernas.
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