Estimulação precoce: saiba como fazer e qual a importância

Estimulação precoce: saiba como fazer e qual a importância

 

Estimulação precoce é um termo com duas palavras simples, mas que abrange uma variedade de estímulos a fim de auxiliar o desenvolvimento motor e cognitivo de bebês e crianças, de 0 a 3 anos.

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Também é considerada um tratamento multiprofissional, uma vez que envolve o trabalho de várias especialidades médicas como: fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.

A estimulação precoce é benéfica para qualquer criança que apresente condições ou agravos de saúde que possam interferir no desenvolvimento neuropsicomotor, como a prematuridade, a paralisia cerebral infantil e doenças congênitas, entre outras.

Se você quer saber mais sobre a estimulação precoce, separe uns minutos na sua rotina e leia esse artigo. É aqui que você vai aprender como fazer, o que faz, qual a importância, quando pode ser iniciada e porque é fundamental iniciar antes dos 3 meses de idade.

Boa leitura!

Qual a importância da estimulação precoce?

O cuidado com a saúde das crianças é feito com base no seu desenvolvimento durante os primeiros anos de vida e é essencial para:

  • Promoção à saúde;
  • Prevenção de agravos; e
  • Identificação de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.

Ou seja, é esse acompanhamento que garante um diagnóstico precoce para o início do tratamento e reabilitação com a estimulação precoce.

Esse cuidado e atenção entre os 0 e 3 anos de idade vai possibilitar que as crianças diagnosticadas com algum problema de saúde conquistem um futuro com mais autonomia, e inclusão social, já que a estimulação precoce favorece o processo de desenvolvimento neuropsicomotor, possibilitando que a criança participe das atividades da idade.

Quer entender melhor como lidar com crianças atípicas? Leia também o nosso artigo “Como cuidar de uma criança com deficiência?”.

Para quem a estimulação precoce é indicada?  

Para bebês prematuros, crianças com alterações congênitas ou adquiridas e crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.  

O que fazer para descobrir se meu filho precisa, ou não, de estimulação precoce? 

Existem alguns “sinais de alerta” que devem ser observados pela família para detecção de possíveis desvios no desenvolvimento neuropsicomotor, são eles: 

  •  Crianças com hipertonia ou hipotonia; 
  • Movimentos muito rápidos e sem parar;  
  • Muito quietas;  
  • Não conseguem controlar os movimentos da cabeça, mãos, braços e pernas; 
  • Possuem um desvio dos eixos oculares; 
  • Assimetria dos braços e pernas; 
  • Sucção ou deglutição fraca, ausente ou irregular; 
  • Sono perturbado; 
  • Ausência de vocalização; 
  • Dificuldade para andar; 
  • Pouco equilíbrio; 
  • Cai com facilidade, ou; 
  • Não reconhecem os seus familiares. 

É sempre muito importante lembrar que quem indica tratamentos, exercícios ou qualquer tipo de atividade complementar em tratamentos, como a estimulação precoce, é a equipe de atendimento multidisciplinar do seu filho, que inclui especialista em terapia ocupacional, fonoaudiologia e fisioterapia, entre outras. 

Se você gostaria de começar alguma atividade de estimulação precoce com o seu filho, converse com a equipe médica antes e tenha certeza de que esse recurso vai, de fato, colaborar para o desenvolvimento do seu pequeno.  

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Leia (+) Sentar em W e desenvolvimento atípico: o que os pais precisam saber

Quando pode ser iniciada a estimulação precoce? O que fazer de 0 a 3 anos de idade? 

Muitos pais ficam com dúvidas em relação à quando pode ser iniciada a estimulação precoce e a idade correta é de 0 a 3 anos. Nessa parte do nosso artigo também vamos esclarecer uma pergunta muito recorrente: “Por que é fundamental iniciar antes dos 3 meses de idade?”. Vamos entender tudo isso?  

É na faixa de 0 a 3 anos que a criança está apta a desenvolver as suas capacidades. Portanto, é nessa fase que deve existir o atendimento específico voltado para sua deficiência, onde é preciso que o bebê exercite ao máximo suas capacidades antes que a deficiência provoque maiores dificuldades ao desenvolvimento. 

A estimulação precoce tem como meta aproveitar este período crítico para estimular a criança a ampliar suas competências, tendo como referência os marcos do desenvolvimento típico e reduzindo, desta forma, os efeitos negativos de uma história de riscos. 

Os resultados da estimulação precoce são duradouros e benéficos para o desenvolvimento da criança, desde que os exercícios sejam feitos de forma regular e sistemática, ou seja, sem descontinuidade e sem interferências. 

Como fazer as atividades de estimulação precoce? 

Antes de abordarmos esse tema vamos relembrar que todas as indicações de formas de atividades e exercícios relacionados a prática da estimulação precoce devem sempre ser apresentados pela equipe multidisciplinar que acompanha o desenvolvimento do seu filho.  

Mas, para deixar as orientações dos médicos mais fáceis, explicaremos um pouco sobre as principais práticas de estimulação precoce:  

  • Estimulação auditiva; 
  • Estimulação visual; 
  • Estimulação da função motora; 
  • Estimulação da função manual; 
  • Estimulação das habilidades cognitivas e sociais; 
  • Estimulação da linguagem; 
  • Estimulação da motricidade orofacial. 

Estimulação precoce: auditiva 

A perda auditiva, independentemente do tipo (condutiva ou sensorioneural) e grau (leve ou profundo), pode resultar em prejuízos no desenvolvimento da linguagem oral, pode se manifestar após o nascimento e de maneira tardia. 

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A audição deve ser estimulada através da localização sonora com o objetivo de exercitar a memória do seu pequeno. Você pode, por exemplo, usar brinquedos que emitam sons e trabalhar a repetição desses sons de forma lúdica.  

De acordo com o desenvolvimento do bebê, podem ser introduzidas atividades de estimulação precoce com música e imagem, livros de plástico e emborrachados, miniaturas e brinquedos macios. 

Para crianças de 6 a 12 meses, é indispensável trabalhar essa estimulação precoce de vocabulário com o uso de objetos do dia a dia, as partes do corpo, o nome das pessoas próximas e o nome dos animais, por exemplo.  

Entenda quais são as formas de desenvolvimento da criança através da estimulação precoce auditiva: 

  • Detecção: é a habilidade auditiva em que a criança deve perceber a presença e ausência do som. 
  • Discriminação: é o ato de diferenciar dois ou mais estímulos sonoros.  
  • Reconhecimento: é a habilidade de identificar o som e a fonte sonora com capacidade de classificar ou nomear o que ouviu.  
  • Compreensão: é o ato de estabelecer relações entre o estímulo sonoro produzido, outros eventos do ambiente e o próprio comportamento. Essas relações têm as propriedades de reflexividade, simetria e transitividade. 

Estimulação precoce: visual 

No caso da estimulação precoce relacionada a visão, não tem que ser nada muito complexo, mas é de extrema importância que aconteça desde os primeiros dias de vida, nas atividades diárias e nos momentos de contatos afetivos.  

Para realizar essa estimulação precoce é necessário criar experiências agradáveis através do brincar, para chamar a atenção da criança. Para trabalhar dessa forma é possível utilizar esses tipos de intervenção:  

  • Estimular o uso da visão residual enquanto brinca com outras crianças ou com os familiares; 
  • Estimular o comportamento exploratório do ambiente indicando para criança, de forma verbal, onde ela está, com quem está, aonde vai, quais são os objetos que estão no ambiente; 
  • Usar brinquedos e estimular verbalmente para que a criança busque com o olhar e a cabeça (se houver controle de tronco). 

É importante usar objetos de tamanhos e tipos variados, com cores de alto contraste e coloridos, com brilho e iluminados para estimular a visão e a percepção tátil. 

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Estimulação Precoce da função motora 

A estimulação precoce da função motora ocorrerá através da abordagem proprioceptiva, com o objetivo de proporcionar a sensação de onde estão as partes do corpo do seu pequeno.  

Quando incluímos a motricidade, devem ser trabalhados, e reforçados, os movimentos diversos que favoreçam a adequação do tônus e força muscular. É um trabalho de estimulação precoce que vai resultar na consciência pelo próprio corpo.  

É muito importante que todo o ambiente familiar seja estimulador. Cada troca de posição, troca de roupas, oferta de brinquedos, a hora do banho… Tudo deve ser acompanhado de estímulos verbais e táteis para promover e trabalhar a estimulação precoce da criança.  

Várias técnicas podem ser usadas para estimulação precoce da função motora. Indicaremos algumas, mas o seu terapeuta pode explicar mais afundo sobre todas as possibilidades: 

  • Estimulação precoce da linha média; 
  • Estimulação precoce do controle cervical; 
  • Estimulação precoce do rolar; 
  • Estimulação precoce do sentar; 
  • Estimulação precoce do arrastar; 
  • Estimulação precoce do engatinhar; 
  • Estimulação precoce da postura ajoelhada e agachada; 
  • Estimulação precoce do andar; 
  • Estimulação precoce da exploração dos ambientes.

Estimulação precoce da função manual 

A estimulação precoce da função manual acontece associada a quase toda a experiência sensório-motora que são vivenciadas pelo bebê durante o dia. Mesmo assim existem algumas atividades que podem ser implementadas na rotina e no momento das terapias.  

Mais uma vez, citamos os momentos de brincadeira para ajudar com a estimulação precoce. Mas qual a importância disso? Esses momentos são extremamente ricos e devem ser utilizados para criar experiências estimulantes em busca de respostas adaptativas. Quer coisa melhor do que aprender brincando?  

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Abaixo algumas dicas de como fazer: 

  •  Estímulo ao brincar utilizando grãos; 
  • Alcance, preensão e manipulação utilizando objetos concretos do cotidiano da criança; 
  • Segurando um brinquedo em cada mão; 
  • Jogos com bola. 

Estimulação precoce das habilidades cognitivas e sociais 

Nesse âmbito a estimulação precoce funciona como um instrumento adicional que pode prevenir possíveis atrasos, principalmente nos três primeiros anos do crescimento. Para colocar em prática é preciso considerar o nível de assimilação e conforto em relação aos estímulos oferecidos.  

São inúmeras as estimulações que podem ser feitas para o seu pequeno. Vamos citar algumas abaixo, mas o seu terapeuta indicará o que é mais adequado, respeitando o momento do seu filho. 

  • Desenvolver autoconhecimento e autoimagem; 
  • Incentivar a autonomia; 
  • Desenvolver percepção sensorial; 
  • Cantar, falar, conversar; 
  • Manter contato físico e visual; 
  • Fazer carinho; 
  • Sentar-se em frente ao espelho e fazer caretas; 
  • Brincar de esconde-esconde (também vale com objetos); 
  • Estimular o tato e o paladar; 
  • Ensinar relações simples de causa e efeito. 

 Estimulação precoce da comunicação e linguagem 

Aqui a palavra principal é interação. Nesse âmbito da estimulação precoce as trocas comunicativas promovem a compreensão da linguagem, aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. A estimulação precoce da comunicação busca tornar mais eficiente e ampliar as possibilidades de expressão da criança.  

Importante ressaltar que embora a fala possa apoiar o desenvolvimento da comunicação, ela não é uma condição indispensável. Alguns pequenos podem não desenvolver a fala, mas podem fazer uso de outras formas de expressão.  

Vamos aprender algumas opções de estimulação precoce para comunicação e linguagem? 

  • Contação de histórias com fantoches; 
  • Conversas lúdicas; 
  • Jogos vocais e balbucios; 
  • Estímulo ao direcionamento do olhar e atenção conjunta; 
  • Compreensão e uso de gestos; 
  • Compreensão de palavras e ordens simples; 
  • Mímicas orofaciais. 

Estimulação precoce da motricidade orofacial 

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O objetivo da estimulação da motricidade orofacial nos primeiros anos de vida é melhorar a sucção, a mastigação, a deglutição, a respiração e a fonação que são de extrema importância para aquisição do ato motor da fala.  

A região orofacial precisa se desenvolver de forma harmoniosa e favorável, a partir de orientações da equipe médica da criança, no que diz respeito à alimentação. Nesse ponto, o momento da alimentação deve ser explorado pelos pais para estimular a motricidade oral. 

Ainda falando sobre alimentação, outro fato muito importante nesse caso é o que a criança vai comer. Essa resposta virá da equipe médica envolvida no acompanhamento do pequeno, indicando quando iniciar a sucção não nutritiva, quando iniciar a alimentação via oral e quando passar para alimentação exclusivamente via oral.  

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2 COMENTÁRIOS

  1. FIZ O CURSO ATENDIMENTO PRECOCE, MAS QUERO TER OPORTUNIDADE DE TER EXPERIÊNCIA PRESENCIAL. SERÁ

  2. COMPLETANDO O COMENTÁRIO : SERÁ POSSÍVEL FAZER EM SUA INSTITUIÇÃO?

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