Estimulação precoce: o que isso significa e qual a importância?

Todo ser humano precisa de estímulo para se desenvolver, e desde o momento em que um bebezinho nasce, ele começa a receber incentivos por meio de tudo o que acontece no mundo à sua volta. Crianças prematuras ou com síndromes e atrasos neuromotores, no entanto, precisam de um trabalho mais direcionado para se desenvolver e alcançar determinados marcos. É aí que entra a estimulação precoce

Siga na leitura deste texto para entender um pouco mais sobre o assunto!

A importância da estimulação infantil

Os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para seu desenvolvimento neurológico — isso porque, nesse período, em especial nos primeiros mil dias, as células cerebrais estão a todo vapor e são capazes de realizar centenas de novas conexões a cada segundo. 

As sinapses cerebrais criadas nesse período formam estruturas que influenciarão no funcionamento do cérebro e na capacidade de aprendizado do indivíduo por toda a vida — e elas são geradas a partir de estímulos.

Segundo diretrizes da UNICEF, os pilares de um desenvolvimento cerebral saudável na primeira infância são saúde, nutrição, cuidados responsivos, segurança e proteção e aprendizagem. De acordo com pesquisas na neurociência, em ambientes acolhedores e estimulantes que oferecem todos esses aspectos, o cérebro se desenvolve na velocidade ideal. 

estimulação precoce
Ambientes acolhedores e vínculo com os cuidadores são essenciais para o desenvolvimento infantil.

No caso de um bebê neurotípico, estimular é oferecer o incentivo e o ambiente necessários para que ele desenvolva suas capacidades inatas. Quando falamos, no entanto, de bebês com síndromes ou atrasos no desenvolvimento, se torna essencial para o prognóstico a estimulação precoce, um processo mais direcionado, estruturado e acompanhado por equipes multidisciplinares. 

Como acompanhar o desenvolvimento do bebê?

Cuidar responsivamente significa estar realmente atento a todas as necessidades do bebê. Isso também significa observar de perto seu desenvolvimento para perceber eventuais sinais de que ele não está evoluindo como deveria.

É claro que cada criança tem seu tempo, e todo processo de evolução é único e deve ser respeitado, mas existem determinados padrões que devem ser levados em consideração para que seja possível perceber se existe algo que está muito distante do esperado. 

Existirão casos em que um atraso específico na conquista de alguma habilidade pode não significar nada demais, mas, em outros, isso pode ser indício de que existe algo de errado e que deve ser acompanhado de perto. Estar atento, portanto, não é “procurar pelo em ovo”, mas sim possibilitar um diagnóstico precoce que pode fazer toda a diferença no prognóstico de uma criança. 

O que é estimulação precoce?

Segundo a cartilha de diretrizes do Ministério da Saúde, a estimulação precoce é um programa de acompanhamento e intervenção multidisciplinar em bebês e crianças pequenas que possuam condições de saúde que impactem negativamente no desenvolvimento neuropsicomotor. 

Trata-se de oferecer uma variedade de estímulos direcionados para impulsionar o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, de acordo com as suas necessidades. Ainda segundo a cartilha, eles são categorizados nos seguintes protocolos:

Além dos tratamentos dirigidos e acompanhados por profissionais multidisciplinares (como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais), a participação familiar é extremamente importante no processo, assim como as brincadeiras

estimulação precoce 2
As brincadeiras são ferramentas muito importantes na estimulação das crianças.

Dicas de estimulação precoce de 0 a 3 anos

Como já dissemos acima, o protocolo de estimulação precoce é dirigido, sistemático e contínuo, devendo ser desenvolvido e aplicado pelos profissionais que acompanham o desenvolvimento da criança. No entanto, algumas atividades e brincadeiras bastante simples podem ser aplicadas em casa como forma de complemento e também, é claro, criação de laços e memórias afetivas entre crianças e familiares.

As atividades devem levar em conta, é claro, o nível de habilidade e de tolerância da criança para que sejam efetivas. 

Estimulação auditiva

A participação da família no dia a dia é essencial para a estimulação auditiva, visto que, exceto no caso de crianças que possuam deficiência total na audição e ainda não utilizem aparelhos que as possibilitem escutar, todos os sons do ambiente são estímulos.

Conversar e cantar para a criança é importante para que ela aprimore sua percepção sonora. A utilização de chocalhos ou demais brinquedos sonoros para atrair a atenção do bebê para o som também é bastante eficaz.

No caso de crianças com maior percepção, é interessante promover atividades que apresentem diferentes formas de som e incentivá-las a distingui-los, como, por exemplo, explorar a diversidade dos instrumentos musicais ou mesmo contar histórias experimentando vozes mais finas, graves, baixas ou altas.

Estimulação visual

Para estimular a visão, é interessante pensar no ambiente da sua residência e pensar no quanto ele agrega em chamarizes visuais. Incentive a criança a perceber mais atentamente os objetos disponíveis e analisar suas cores, tamanhos e detalhes. 

No caso de bebês pequenos ou mesmo crianças com deficiências mais graves, pode ser necessário trabalhar imagens específicas, como as de alto contraste, para que ela apure o sentido dentro de suas possibilidades.

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Figuras de alto contraste são excelentes ferramentas de estimulação visual de bebês recém-nascidos ou pacientes com baixa visão.

Estimulação motora

O início da estimulação motora está em ativar o sistema proprioceptivo, o que significa incentivar a criança a perceber e entender o próprio corpo, onde está cada membro e como eles funcionam. Para isso, experiências sensitivas e sensoriais são muito importantes, e isso vai desde o próprio toque dos pais até brincadeiras mais elaboradas

A partir daí, devem ser estimuladas também as habilidades de psicomotricidade, que passam por aprimorar os movimentos do próprio corpo e entender como eles se encaixam melhor no tempo e no espaço. Permitir que o bebê explore o ambiente, chamar sua atenção para que se arrastem ou engatinhem atrás de objetos e, mesmo, oferecer às crianças atividades que exigem uma maior movimentação é essencial neste processo.

Estimulação manual

A estimulação manual pode ser trabalhada por meio de brincadeiras sensoriais que convidem a criança a explorar com as mãos. Pintar com os dedos ou vasculhar uma bacia com grãos de feijão são algumas das ideias. 

Chamar a atenção do bebê para que ele se atraia por objetos e treine segurá-los também faz parte deste processo, assim como apresentar diferentes texturas para que ele sinta com o dedo e aprimore a percepção.

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A estimulação manual pode acontecer por meio da exploração de diferentes objetos e texturas.

Estimulação cognitivo-social

Para estimular uma criança nos âmbitos cognitivo-sociais, a cartilha de estimulação precoce sugere objetivos e atividades para cada faixa de idade. 

Ao longo do primeiro ano, por exemplo, a criança deve desenvolver conhecimento sobre a autoimagem e vínculos afetivos com as pessoas mais próximas. Ela também deve mostrar conhecer o que está ao seu entorno e demonstrar percepções sensoriais. 

As próprias atividades do dia a dia são ferramentas perfeitas para o desenvolvimento dessas habilidades. É recomendado conversar com a criança desde o seu nascimento, não só para que ela crie vínculos e aprenda a reconhecer a voz dos pais (e até mesmo se acalmar com ela), mas também para que ela seja informada sobre o mundo à sua volta e tenha mais noções sobre ele. 

À medida que ela se desenvolve e adquire mais habilidades, brincadeiras em conjunto e desafios que a convidem a sair do lugar comum e exercitar o pensamento também são muito interessantes: o faz-de-conta e a criação de histórias em grupo estimula a imaginação, assim como imitar movimentos ou encontrar um objeto desaparecido por meio de pistas trazem intensos treinos cognitivos. 

Estimulação da linguagem

O desenvolvimento da linguagem é muito mais do que apenas aprender a falar, mas sim o entendimento de como se comunicar de diversas maneiras ao longo das diferentes etapas cognitivas e, até mesmo, de situações. A criança aprende que seu choro comunica, passa pelos primeiros balbucios, pelos sinais e, então, desenvolve a criação dos conceitos mentais relacionados aos sons das palavras.

A estimulação da linguagem anda muito em conjunto com o desenvolvimento auditivo. Então, atitudes como a de conversar com o bebê, apresentar o mundo à sua volta nomeando objetos, incentivar formas alternativas de comunicação como a linguagem de sinais e, é claro, se esforçar para entendê-lo quando ele se comunica são muito recomendadas.

estimulação precoce - linguagem
Conversar com o bebê e mostrar vontade de se comunicar com ele são importantes estímulos para o desenvolvimento da linguagem.

Estimulação orofacial

A motricidade orofacial está relacionada aos músculos do nosso corpo que estão envolvidos nas atividades orais e, portanto, estão ligados tanto à alimentação quanto à fala. A estimulação precoce dessa área passa, dessa forma, por ativar e fortalecer  as estruturas orais, chamando a atenção do bebê para a região e incentivando movimentos.

Recursos terapêuticos

Os recursos terapêuticos são ferramentas que podem ser utilizadas como complementos de processos de estimulação precoce e reabilitação e auxiliam na melhora da funcionalidade e da qualidade de vida de pacientes com dificuldades motoras.

O Amigo Panda é um e-commerce de recursos terapêuticos infantis desenvolvidos com base na terapia ocupacional. Conheça alguns dos produtos de estimulação: 

Conjunto sensorial compressivo

As vestes compressivas do Amigo Panda são produzidas sob medida e atuam ativando o sistema proprioceptivo da criança por meio de uma compressão que exerce a contração muscular e aciona os receptores sensoriais. 

Com o sistema proprioceptivo ativado, a criança se sente mais segura e com maior capacidade de organização corporal e concentração. 

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Escova vibratória Z-Vibe

A Z-Vibe é uma ferramenta vibratória oral que pode ser utilizada para fornecer variados estímulos sensoriais dentro da boca, de forma livre ou direcionada. Sua vibração ajuda a chamar a atenção da criança para exercitar seus músculos orais, o que ajuda no fortalecimento do tônus mandibular.

Confira aqui - Escova Z-vibe 04

Esponja sensorial

A esponja sensorial é uma ferramenta de estimulação para crianças com defensividade tátil ou proprioceptiva e faz parte do protocolo de Wilbarger, muito recomendado para crianças com disfunções sensoriais.

Simples e poderosa, a esponja é utilizada tanto no lado macio quanto no lado das cerdas e serve para massagear e chamar a atenção da criança para diversas partes do corpo, para ajudar no treino da organização corporal e na autorregulação.

Quero conferir - Esponja sensorial 07

Lembramos que, para entender melhor quais são os recursos mais indicados para o caso de cada criança e qual é a melhor forma de uso, é importante contar, sempre, com o respaldo profissional dos médicos e terapeutas que acompanham o seu filho!

Para conferir estes e outros recursos terapêuticos é só visitar a loja virtual do Amigo Panda, clicando no banner abaixo:

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