Hipotonia infantil: conheça os sinais

Sabemos que cada criança tem seu tempo para se desenvolver, mas existem algumas características e sinais que podem ser observados para que os pais possam ligar o sinal de alerta e buscar ajuda profissional adequada, caso realmente haja algum problema.

Alguns bebês, logo nos primeiros meses de vida, costumam apresentar uma certa frouxidão nos músculos, o que faz com que tenham dificuldades de atingir marcos como o de firmar a cabecinha ou sentar sem apoio. Essa questão é conhecida como hipotonia infantil, e neste post vamos conversar um pouco sobre o assunto. Siga na leitura!

O que é hipotonia?

O tônus muscular é um estado de permanente tensão em que permanecem os nossos músculos, mesmo quando em repouso. É por conta desse tônus que não sentimos que precisamos fazer esforço para manter a cabeça erguida sobre o pescoço, por exemplo, ou a coluna ereta quando estamos sentados. 

A hipotonia é observada quando existe uma diminuição desse tônus muscular, e se traduz na fraqueza dos músculos do bebê que, por conta disso, apresenta dificuldades em atingir certos marcos do desenvolvimento motor infantil

É importante deixar claro, no entanto, que a hipotonia não é uma doença por si mesma, e sim um sintoma, que pode estar associado à prematuridade, a alguma infecção ou, até mesmo, alguma síndrome. Crianças com Síndrome de Down, por exemplo, têm grandes chances de apresentá-la e, portanto, precisam ser mais estimulados que os bebês neurotípicos para fortalecer seus músculos. A hipotonia e o autismo também estão comumente relacionados.

hipotonia infantil: bebês com síndrome de down
A hipotonia muscular é uma condição comumente apresentada por bebês com Síndrome de Down.

Sinais de hipotonia

Como não é uma doença em si, e sim está relacionada a outras intercorrências de saúde, é ainda mais importante que os pais e cuidadores do bebê estejam atentos aos sinais de hipotonia, já que ela é facilmente diagnosticada e pode ser o primeiro passo para que se comece a observar a criança mais de perto e entender qual pode ser a sua causa.

Ao contrário da Síndrome de Down, que costuma ser mais facilmente diagnosticada desde que o bebê nasce por conta de características físicas, algumas síndromes podem ser bem mais discretas e difíceis de detectar. O diagnóstico precoce, no entanto, é de extrema importância para que se possam definir os tratamentos e estímulos adequados, melhorando o prognóstico do paciente. 

Os principais sinais de um bebê hipotônico são essa moleza no corpinho do bebê, que muitas vezes é tratada como uma “preguicinha”. Eles têm mais dificuldade em sustentar a cabecinha, para se erguer sobre os braços quando estão de bruços, para se manter durinhos e em equilíbrio ao sentar e, ao passar dos meses, também apresentarão mais dificuldades para engatinhar ou começar a ficar de pé.

hipotonia infantil: floppy baby
Bebês hipotônicos são lidos, muitas vezes, como preguiçosos – fique atento para entender se a moleza é apenas casual ou patológica!

Se o bebê mantém os braços e pernas sempre em linha reta quando descansa, também deve ser um ponto de atenção, bem como se ele parecer mais difícil de segurar no colo do que os outros bebês, por não oferecer resistência muscular e, consequentemente, não sustentar o corpinho.

Hipotonia tem cura?

Como a falta de tônus muscular, na verdade, é mais um sintoma agregado a alguma outra condição, não existe uma cura específica para ela. No entanto, a menos que ela seja causada por disfunções neurológicas, pode-se esperar que, com os estímulos e terapias adequados, a criança possa se desenvolver normalmente e aprender a fazer as atividades do dia a dia. 

Como estimular sua criança hipotônica

São diversos os profissionais que, juntos, podem acompanhar o desenvolvimento de uma criança que apresenta hipotonia. A escolha dessa equipe e, consequentemente, das terapias e estímulos será feita de acordo com a causa. 

Em casos de síndromes raras e mais comprometedoras, por exemplo, pode-se precisar de um time multidisciplinar, enquanto em casos onde a hipotonia é causada por uma prematuridade leve, por exemplo, exige-se menos acompanhamento. 

É extremamente recomendado que um fisioterapeuta acompanhe de perto o desenvolvimento do bebê, para estimulá-lo a fortalecer seus músculos e melhorar a coordenação motora. Um terapeuta ocupacional, que desenvolve atividades voltadas para aprimorar a funcionalidade do paciente no dia a dia também pode acompanhá-lo e trabalhar exercícios de reabilitação e fortalecimento do tônus.

hipotonia infantil: tratamento
A fisioterapia e a terapia ocupacional trabalham por meio de exercícios que estimulam a criança a fortalecer seus músculos e aprimorar a coordenação motora.

Em casos mais delicados, pode ser necessário também o acompanhamento constante de um neurologista, que possa avaliar de perto a evolução do paciente, o prognóstico e os níveis de comprometimento. 

Além das sessões de terapia e do acompanhamento médico, existem recursos que podem ser utilizados no dia a dia e atuar tanto no processo de reabilitação como aumentar a autonomia e a qualidade de vida de crianças com hipotonia.

Vestes de compressão, por exemplo, que geram contrações musculares, estimulam o sistema proprioceptivo e fazem a criança ter mais consciência de seus membros e movimentos, podem ajudá-la a fortalecer o tônus. Calçados ortopédicos também são boas ferramentas para auxiliar no alinhamento correto dos pés, muitas vezes prejudicado por conta da hipotonia.

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