O que é lábio leporino? Entenda os tipos e como tratar

Segundo o Manual MSD, o lábio leporino e a fenda palatina são as anomalias congênitas mais comuns em bebês, afetando dois a cada mil nascidos vivos. A condição pode apresentar diferentes graus de intensidade que podem afetar, além da estética, questões relacionadas a fala, dentição e alimentação da criança. Para entender mais sobre o assunto, continue na leitura do texto.

O que é lábio leporino

Muitas pessoas acreditam que lábio leporino e fenda palatina são a mesma coisa, e dá para entender o porquê, já que geralmente as duas condições acontecem ao mesmo tempo. Cada uma, no entanto, tem suas próprias características, que estão relacionadas à área atingida.

No caso do lábio leporino, a fissura acontece no lábio superior, logo abaixo do nariz. Na fenda palatina, a abertura acontece no palato (céu da boca), podendo atingir até o nariz e estabelecer uma comunicação direta entre eles. O nome genérico para se referir a ambas é o de “fissura labiopalatina”. 

As malformações acontecem durante a gestação e podem ter tanto motivos genéticos quanto as chamadas causas ambientais. O consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, outras drogas e determinados medicamentos também pode estar relacionado, assim como carências nutricionais ao longo da gravidez. Dados médicos demonstram que, na grande maioria dos casos, existe a combinação da suscetibilidade genética com os fatores externos. 

Por conta da hereditariedade, se houver histórico familiar, o risco de que a criança desenvolva essa anomalia é maior, e ainda segundo estudo realizado pela Mayo Clinic, o sexo também pode interferir: no caso de meninos, são mais comuns os casos de lábio leporino, acompanhados ou não pela fenda palatina; já em relação às meninas, os mais comuns são os casos de fenda palatina sem lábio leporino.

lábio leporino
As fissuras labiopalatinas acontecem na formação do bebê, durante os três primeiros meses de gestação.

Tipos de fissuras labiopalatinas

De acordo com a classificação adotada no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade de São Paulo (USP), as fissuras labiopalatinas podem ser separadas em 5 tipos:

Fissuras pré-forame incisivo

São fissuras que atingem apenas o palato primário, envolvendo o lábio ou o rebordo ósseo alveolar (onde ficam alojadas as raízes dos dentes) e não ultrapassam esse limite.

Podem acontecer de forma unilateral (atingindo apenas um dos lados da boca), bilateral (em ambos os lados) ou, ainda, mediana (no meio da boca). 

Seu nível de comprometimento também pode variar de apenas um corte no lábio até uma fissura que atinja todo o palato primário.

Fissuras transforame incisivo

Esse tipo de fissura ultrapassa o limite do palato primário, atingindo também o secundário. Ela começa no lábio e chega até a úvula (campainha da garganta), atravessando o rebordo ósseo alveolar. 

Também podem acontecer de forma unilateral, bilateral ou mediana.

Fissuras pós-forame incisivo

Essa fissura atinge apenas a região do palato (céu da boca), sem envolver os lábios e tampouco o rebordo ósseo alveolar (dentição). 

Fissuras submucosa

Esse tipo de fissura atinge apenas o palato secundário e é considerada subclínica, por se tratar de uma malformação que atinge a musculatura ou o tecido ósseo, sem trazer qualquer alteração estética, já que a própria camada de mucosa permanece intacta. 

Fissuras raras de face

As fissuras raras de face levam esse nome por serem casos bastante incomuns. Elas, no entanto, são mais agressivas e podem atingir toda a região da face, com bochechas, olhos, nariz e orelhas e, até mesmo, chegar aos ossos do crânio.

Diagnóstico

Como as fissuras labiopalatinas são anomalias visíveis, o diagnóstico é clínico, bastante rápido e muitas vezes, inclusive, acontece ainda durante a gestação. No caso de lesões menores que podem passar imperceptíveis nas ultrassonografias, em geral, o diagnóstico é realizado no momento do nascimento.

A partir de então, o médico avalia para entender o tamanho da lesão, o grau de comprometimento e como deve ser conduzido o tratamento e os processos de reabilitação.

lábio leporino - diagnóstico
Em muitos casos, já é possível diagnosticar a fissura labiopalatina do bebê ainda durante a gestação.

Tratamento

O protocolo de tratamento de uma fissura labiopalatina precisa envolver uma equipe multidisciplinar que conte com profissionais da fonoaudiologia, da odontologia e da cirurgia plástica. O bebê deve ser avaliado constantemente por esses três especialistas, que precisam definir quais serão as condutas terapêuticas para seu melhor desenvolvimento, quais intervenções cirúrgicas serão necessárias e qual é o momento adequado para realizá-las.

O acompanhamento com o fonoaudiólogo é essencial porque a fissura, dependendo do grau, pode impactar em questões relacionadas à fala e à alimentação. O profissional, então, deve conduzir um tratamento de forma a estimular e habilitar esse paciente para que ele desenvolva ao máximo essas funções. Nessa caminhada, alguns recursos terapêuticos podem ser utilizados como ferramentas de estimulação e reabilitação oral

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