Por que a musicoterapia no autismo está ganhando atenção dos especialistas?

Por que a musicoterapia no autismo está ganhando atenção dos especialistas? 

 

Desvendando a terapia musical 

Nos últimos anos, os profissionais da saúde têm procurado maneiras inovadoras de abordar o autismo, um transtorno de neurodesenvolvimento que varia em complexidade. Uma dessas abordagens é a musicoterapia, uma prática que está mostrando promessas singulares.  

Mas por que essa técnica está chamando tanta atenção? Vem com a gente nessa aventura musical e cheia de ritmo para descobrir se seu pandinha com TEA pode se beneficiar dessa abordagem.  

 

Como definir o autismo (TEA)? 

O autismo, frequentemente referido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), abrange uma gama de condições caracterizadas por desafios na comunicação, comportamentos repetitivos, até a interpretação e compreensão das nuances sociais e emocionais das interações.   

Essas barreiras podem surgir devido a diferenças no processamento sensorial, nas habilidades linguísticas e na capacidade de ler as pistas sociais, tornando a comunicação tradicional muitas vezes ineficaz.  

É bom lembrar que não há duas pessoas com autismo iguais e as capacidades e desafios podem variar amplamente, no que chamamos de espectro. 

Leia (+) Comunicação Alternativa no Autismo: aplicativos e benefícios 

 

 E o que é a musicoterapia? 

A musicoterapia, em sua essência, é uma intervenção terapêutica que utiliza a música para abordar objetivos físicos, emocionais, cognitivos e sociais.  

Esta terapia é administrada por musicoterapeutas credenciados que projetam sessões individualizadas para cada paciente, pois a música tem sido uma parte integrante da humanidade desde os tempos antigos, tanto como forma de expressão quanto de cura. 

 

Quando se começou a usar a música como terapia no TEA? 

Embora a musicoterapia como a conhecemos hoje tenha começado a se formalizar no século 20, o uso da música como uma ferramenta terapêutica remonta a tempos antigos. Diferentes culturas ao redor do mundo reconheciam a capacidade da música de curar, confortar e conectar. 

Mas foi somente nas últimas décadas que a musicoterapia foi introduzida como uma estratégia complementar no tratamento do autismo.  

A combinação única de ritmo, melodia e harmonia demonstrou ter uma ressonância particular com muitos indivíduos autistas, levando a avanços notáveis em áreas anteriormente consideradas desafiadoras. 

musicoterapia no autismo TEA Amigo Panda

Princípios da musicoterapia no TEA 

A singularidade de cada pessoa no espectro autista significa que a abordagem “tamanho único” não funciona. Musicoterapeutas trabalham cuidadosamente para adaptar cada sessão, selecionando músicas, instrumentos e atividades que se alinham melhor com os interesses e necessidades do paciente. 

Isso, entretanto, se torna um grande desafio para os terapeutas que lidam com crianças, já que é necessário um contato próximo e frequente com o pandinha que pode vai beneficiar dessa ferramenta, respeitando o tempo e o jeito de ser de cada uma delas. 

Aqui, deixamos a dica: deixe seu filho explorar livremente as aulas iniciais, mas tenha paciência com esse início, ok? 

Como a música afeta o cérebro autista? 

A música tem o poder de ativar diversas áreas do cérebro simultaneamente.  

Para pandinhas com autismo, isso pode significar o estímulo de áreas do cérebro que governam a comunicação, emoção e habilidades sociais. Estudos têm mostrado que o cérebro autista muitas vezes responde à música de maneira mais intensa do que cérebros neurotípicos. 

Um estudo do tipo revisão de 12 artigos publicado por um grupo de estudiosos da enfermagem em abril de 2023, comprovou que: 

 “(…) a música se sobressai como escolha preferencial de intervenção com resultados satisfatórios, melhorando a expressão, o comportamento, a interação social e, consequentemente, a qualidade de vida.  

Por fim, é perceptível que a música tem o poder de atingir a psique humana, mudando o humor, mesmo que indiretamente, praticando terapia sem ao menos perceber e sua autonomia, que dá um passo de confiança às pessoas que sofrem com TEA.” 

Além de divertida, é uma terapia promissora, não é mesmo?  

 

Musicoterapia e autismo: artigos científicos   

Deixaremos aqui mais dois artigos científicos para você se informar sobre o assunto. São eles: 

 A musicoterapia aplicada para o desenvolvimento das habilidades sociais de pessoas com transtorno do espectro do autismo: relato de experiência. (2022) Para ler clique aqui. 

 Modelos de intervenções no tratamento de crianças do Transtorno do Espectro Autista: uma comparação entre a musicoterapia e a equoterapia (2023). Para ler clique aqui. 

 

Benefícios das atividades da musicoterapia para pessoas com autismo 

Melhoria na comunicação  

A música pode servir como ponte para a comunicação. Ela oferece uma plataforma para a expressão verbal e não verbal, e muitos terapeutas observam avanços notáveis na fala e linguagem após sessões de musicoterapia. 

Este canal alternativo de comunicação permite que a criança interaja, responda e, de maneira crucial, se conecte com aqueles ao seu redor, abrindo portas para formas mais ricas e profundas de interação e compreensão mútua. 

 

Desenvolvimento social  

A música, em sua essência, é uma atividade coletiva e colaborativa. Durante as sessões de musicoterapia, as crianças são frequentemente incentivadas a participar de atividades em grupo, como cantar juntas ou tocar instrumentos em conjunto.  

Essas atividades não apenas permitem que a criança se sinta parte de um grupo, mas também ensinam habilidades sociais vitais, como esperar a vez, ouvir os outros e reconhecer e interpretar sinais sociais não verbais.  

Além disso, a música tem a capacidade única de criar conexões emocionais entre os participantes, promovendo a empatia e a compreensão. Assim, a musicoterapia oferece às crianças com autismo uma plataforma segura e encorajadora para explorar e aprimorar suas habilidades sociais, facilitando a integração e interação mais profundas com seus pares e o mundo ao seu redor. 

 

Regulação emocional  

Dentro de uma sessão de musicoterapia, a criança pode ser guiada a expressar seus sentimentos através de instrumentos, vocalizações ou movimentos, proporcionando uma saída emocional. 

 Simultaneamente, a estrutura repetitiva e previsível de muitas composições musicais pode ter um efeito calmante e organizador sobre o sistema nervoso da criança. Além disso, ao responder à música e ao ritmo, a criança aprende a reconhecer e responder a variações de intensidade e cadência, o que pode ser paralelo à compreensão das variações em suas próprias emoções.  

Assim, a musicoterapia não só proporciona um ambiente seguro para a expressão emocional, mas também ensina habilidades cruciais de autoconsciência e autorregulação. 

 Leia (+) Sobrecarga sensorial em crianças com autismo: como lidar? 

 Quando a criança apresenta uma maior dificuldade em processar os estímulos recebidos, seja para mais ou para menos, essa condição é chamada de Transtorno de Processamento Sensorial.  

Ela pode atingir qualquer pessoa, mas aparece especialmente em pandinhas com autismo, que, naturalmente, já possuem uma maior sensibilidade. 

Para auxiliar nesses casos, sugerimos que você discuta com o terapeuta do seu filho a possibilidade de utilização de vestes ponderadas como o Colete Ponderado. 

(H2) Princípios da musicoterapia no TEA A singularidade de cada pessoa no espectro autista significa que a abordagem "tamanho único" não funciona. Musicoterapeutas trabalham cuidadosamente para adaptar cada sessão, selecionando músicas, instrumentos e atividades que se alinham melhor com os interesses e necessidades do paciente. Isso, entretanto, se torna um grande desafio para os terapeutas que lidam com crianças, já que é necessário um contato próximo e frequente com o pandinha que pode vai beneficiar dessa ferramenta, respeitando o tempo e o jeito de ser de cada uma delas. Aqui, deixamos a dica: deixe seu filho explorar livremente as aulas iniciais, mas tenha paciência com esse início, ok? (H3) Como a música afeta o cérebro autista? A música tem o poder de ativar diversas áreas do cérebro simultaneamente. Para pandinhas com autismo, isso pode significar o estímulo de áreas do cérebro que governam a comunicação, emoção e habilidades sociais. Estudos têm mostrado que o cérebro autista muitas vezes responde à música de maneira mais intensa do que cérebros neurotípicos. Um estudo do tipo revisão de 12 artigos publicado por um grupo de estudiosos da enfermagem em abril de 2023, comprovou que: “(...) a música se sobressai como escolha preferencial de intervenção com resultados satisfatórios, melhorando a expressão, o comportamento, a interação social e, consequentemente, a qualidade de vida. Por fim, é perceptível que a música tem o poder de atingir a psique humana, mudando o humor, mesmo que indiretamente, praticando terapia sem ao menos perceber e sua autonomia, que dá um passo de confiança às pessoas que sofrem com TEA.” Além de divertida, é uma terapia promissora, não é mesmo? (H3) Musicoterapia e autismo: artigos científicos Deixaremos aqui mais dois artigos científicos para você se informar sobre o assunto. São eles: A musicoterapia aplicada para o desenvolvimento das habilidades sociais de pessoas com transtorno do espectro do autismo: relato de experiência. (2022) Para ler clique aqui. Modelos de intervenções no tratamento de crianças do Transtorno do Espectro Autista: uma comparação entre a musicoterapia e a equoterapia (2023). Para ler clique aqui. (H2) Benefícios das atividades da musicoterapia para pessoas com autismo (H3) Melhoria na comunicação A música pode servir como ponte para a comunicação. Ela oferece uma plataforma para a expressão verbal e não verbal, e muitos terapeutas observam avanços notáveis na fala e linguagem após sessões de musicoterapia. Este canal alternativo de comunicação permite que a criança interaja, responda e, de maneira crucial, se conecte com aqueles ao seu redor, abrindo portas para formas mais ricas e profundas de interação e compreensão mútua. (H3) Desenvolvimento social A música, em sua essência, é uma atividade coletiva e colaborativa. Durante as sessões de musicoterapia, as crianças são frequentemente incentivadas a participar de atividades em grupo, como cantar juntas ou tocar instrumentos em conjunto. Essas atividades não apenas permitem que a criança se sinta parte de um grupo, mas também ensinam habilidades sociais vitais, como esperar a vez, ouvir os outros e reconhecer e interpretar sinais sociais não verbais. Além disso, a música tem a capacidade única de criar conexões emocionais entre os participantes, promovendo a empatia e a compreensão. Assim, a musicoterapia oferece às crianças com autismo uma plataforma segura e encorajadora para explorar e aprimorar suas habilidades sociais, facilitando a integração e interação mais profundas com seus pares e o mundo ao seu redor. (H3) Regulação emocional Dentro de uma sessão de musicoterapia, a criança pode ser guiada a expressar seus sentimentos através de instrumentos, vocalizações ou movimentos, proporcionando uma saída emocional. Simultaneamente, a estrutura repetitiva e previsível de muitas composições musicais pode ter um efeito calmante e organizador sobre o sistema nervoso da criança. Além disso, ao responder à música e ao ritmo, a criança aprende a reconhecer e responder a variações de intensidade e cadência, o que pode ser paralelo à compreensão das variações em suas próprias emoções. Assim, a musicoterapia não só proporciona um ambiente seguro para a expressão emocional, mas também ensina habilidades cruciais de autoconsciência e autorregulação. Leia (+) Sobrecarga sensorial em crianças com autismo: como lidar? Quando a criança apresenta uma maior dificuldade em processar os estímulos recebidos, seja para mais ou para menos, essa condição é chamada de Transtorno de Processamento Sensorial. Ela pode atingir qualquer pessoa, mas aparece especialmente em pandinhas com autismo, que, naturalmente, já possuem uma maior sensibilidade. Para auxiliar nesses casos, sugerimos que você discuta com o terapeuta do seu filho a possibilidade de utilização de vestes ponderadas como o Colete Ponderado.

Essa linda roupa tem o formato de um colete que pode se vestido por cima da roupa da criança e que adiciona peso extra em seu corpo. O objetivo do colete é gerar compressão e pressão profunda no corpo do indivíduo, gerando informações ao sistema sensorial proprioceptivo e favorecendo a transmissão desta mesma informação ao cérebro. 

Você pode saber mais conhecendo os produtos ponderados e sensoriais do Amigo Panda. 

 

Melhora na coordenação motora  

Muitos pandinhas com autismo também podem apresentar desafios em suas habilidades motoras finas e grossas, tornando tarefas diárias e interações físicas potencialmente desafiadoras.  

A música, com seus ritmos distintos e padrões previsíveis, serve como uma guia para movimentos corporais. Por exemplo, batidas rítmicas de tambores podem incentivar a criança a replicar o ritmo, ajudando na coordenação mão-olho.  

Da mesma forma, dançar ou mover-se ao ritmo da música estimula o sistema motor e favorece o desenvolvimento de habilidades motoras grossas. A repetição dessas atividades em sessões de musicoterapia pode, ao longo do tempo, resultar em avanços notáveis na coordenação, equilíbrio e precisão dos movimentos da criança, proporcionando-lhe mais confiança e autonomia em suas atividades cotidianas. 

 

Técnicas e instrumentos utilizados na musicoterapia 

Já te contamos o quão benéfico pode ser a musicoterapia para o seu pandinha, mas como ela realmente acontece? Qual a “mágica” dos terapeutas? É isso que vamos ver agora: 

  1. Improvisação musical: O terapeuta e a criança criam música juntos, usando instrumentos ou a voz, sem um plano predefinido. Isso permite a expressão espontânea e pode ajudar na exploração de emoções e sentimentos. 
  2. Recriação musical: A criança é incentivada a tocar ou cantar uma música conhecida. Isso pode ser útil para trabalhar memórias, emoções associadas a uma música ou habilidades específicas, como a voz ou a coordenação. 
  3. Composição musical: Pacientes escrevem suas próprias músicas, muitas vezes com a ajuda do terapeuta. Isso pode ser terapêutico em termos de expressão pessoal e pode ajudar a abordar temas específicos ou sentimentos. 
  4. Audição guiada: Ouvir música selecionada, muitas vezes com instruções ou discussões guiadas pelo terapeuta. Pode ser usado para relaxamento, introspecção ou para explorar emoções. 
  5. Movimento à música: Usando a música para guiar o movimento ou a dança. Isso pode ajudar com a coordenação motora, expressão emocional ou simplesmente oferecer um meio da criança liberar energia. 

E os instrumentos mais comuns são: 

  • Instrumentos de percussão como tambores, pandeiros, bongôs são frequentemente usados devido à sua facilidade de uso e capacidade de fornecer feedback imediato; 
  • Teclados ou Pianos; 
  • Guitarras; 
  • Instrumentos de sopro como flautas e trompetes; 
  • Instrumentos eletrônicos como sintetizadores, teclados eletrônicos e até aplicativos de música em tablets; 
  • Voz. 

 

musicoterapia no autismo TEA Amigo Panda

Musicoterapia no tratamento do autismo: sintonia que está mudando vidas 

Uau! Que jornada musical, hein? 

Mas antes de finalizar nossa imersão, deixamos um alerta aqui: apesar dos inúmeros benefícios evidentes, há casos em que a musicoterapia pode não ser a melhor escolha.  

A seleção do terapeuta, a avaliação contínua e a abordagem interdisciplinar são cruciais para garantir que a terapia seja eficaz e personalizada para as necessidades do seu pandinha. 

No Amigo Panda, acreditamos no poder da inclusão, compreensão e em abraçar todas as ferramentas que facilitam a realização do potencial ilimitado de cada indivíduo. Vamos celebrar a música e sua incrível capacidade de conexão, enquanto continuamos a marchar ao ritmo da compreensão e aceitação! 

 

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