Seu filho tem o costume de pegar tudo e levar até a boca? Esse hábito de morder itens do dia a dia, como lápis, canetas e até a própria mão, é muito comum em crianças com ansiedade, TDAH e que precisam de estimulação intraoral (dentro da boca).
Colocando em um contexto simplificado elas fazem isso como uma tentativa para se acalmar. O grande problema desse comportamento que parece inofensivo é que elas podem se machucar, causar agressões graves na estrutura dentária e até mesmo ficarem doentes, já que a quantidade de bactérias que ficam sob a superfície de brinquedos e objetos é enorme. Sem contar o risco de asfixia.
Por isso, existe um recurso que pode colaborar para diminuição desse hábito: o colar mordedor sensorial de silicone. Pode parecer simples, mas é um produto desenvolvido com tecnologia e segurança, que tem inúmeros benefícios para criança e para bebê, inclusive em fase de amamentação.
Ao longo deste artigo você entenderá o que é o colar mordedor sensorial, para que serve, se é bom para combater ansiedade, como esterilizar e como deve ser feito o primeiro contato.
Mas antes disso: lembre-se sempre que qualquer recurso terapêutico deve ser indicado por um profissional de saúde.
Agora sim, vamos entender tudo isso? Boa leitura!
Tabela de conteúdo
O que é e para que serve um colar mordedor sensorial? É bom para autismo?
O colar mordedor é popularmente conhecido como um brinquedo para bebê e para criança, ou como um recurso para o momento de nascimento dos dentinhos, mas, na verdade, também é uma ferramenta terapêutica muito utilizada para auxiliar no desenvolvimento e combater ansiedade e necessidades sensoriais
Ele é bom para crianças com transtorno de processamento sensorial, autismo ou necessidades motoras orais. Você encontra opções do mordedor com diferentes texturas, densidades, formatos e tamanhos. A única característica em comum é que devem ser de silicone.
O colar mordedor foi desenvolvido para ajudar a acalmar, melhorar a concentração e aumentar o foco das crianças durante a realização de atividades. Eles podem ser indicados para tratamentos gerais de duas formas.
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Colar mordedor de silicone para organização sensorial
No momento em que a criança utiliza o mordedor ela está dando algumas informações para a boca. Na boca existe um sistema sensorial que emite uma informação para o cérebro, que, por sua vez, processa, entende e entrega uma resposta que chamamos de comando de comportamento.
Essa resposta é para a criança ficar mais tranquila, menos agitada e consequentemente tenha menos buscas orais.
Nesse caso, o foco principal do mordedor é fazer com que os pequenos desenvolvam um nível de alerta adequado e consigam prestar atenção no que estão fazendo sem precisar pegar tudo o que encontram pela frente e colocar na boca.
Colar mordedor para ganho de habilidades oromotoras
Quando citamos “habilidades oromotoras” estamos nos referindo às habilidades da boca (orais). Portanto, se esse for o caso do seu filho, o colar mordedor será extremamente útil para ajudá-lo a ganhar força na musculatura e a trabalhar a coordenação na boca.
Ele oferece e ativa entradas sensoriais que precisam ser trabalhadas, além de colaborar com o treino mastigatório. Nesses casos, por exemplo, o colar mordedor que tem a superfície lisa é perfeito para a exploração motora oral.
Sempre fique atento: o colar mordedor e o regulador só devem ser usados com indicação de um profissional de saúde e sob a supervisão de um adulto.
Colar mordedor é bom para combater ansiedade?
Antes de falarmos se é bom ou não para combater ansiedade queremos explicar um pouco mais sobre as sensações que o uso do colar mordedor pode enviar para o cérebro. Vocês lembram que falamos um pouco acima sobre isso, não é mesmo?
- Sensação tátil: o uso do mordedor ativa a sensação tátil na língua, na gengiva, nos lábios, na boca como um todo, e em volta da boca também.
- Informação proprioceptiva (capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo): a sensação do peso do mordedor na língua.
- Paladar: Mesmo que ele seja utilizado sem um alimento, um suco ou um pó de sabor, o próprio silicone tem um gosto específico.
Portanto, conseguimos gerar três sensações em apenas um lugar do corpo, um lugar muito sensível. A nossa boca é gigante para o cérebro porque tem muitos receptores sensoriais.
Depois de entender todos esses estímulos pensaremos assim: se a criança está muito desorganizada, muito irritada e ela consegue usar esse mordedor como organizador sensorial, o cérebro responderá imediatamente com um comando de comportamento para ela se acalmar.
Refletindo dessa forma, você consegue entender a importância do colar mordedor e como ele é bom para ensinar a criança a combater ansiedade?
Como saber qual o melhor colar mordedor para o meu filho?
Essa resposta você receberá do profissional de saúde que acompanha o desenvolvimento do seu pequeno, mas nós citaremos algumas situações e indicações para o uso correto do colar mordedor.
Primeiro: tem que saber comprar! Cada criança tem um perfil específico de desenvolvimento e você precisa entender quais são as necessidades sensoriais do seu filho para saber qual será o melhor.
No caso de uma criança de hiper-resposta, ela não precisa de tanto estímulo, portanto, o pouco que chega já é suficiente e o exagero pode prejudicar. Aqui cai muito bem aquele ditado popular: “tudo que é demais, sobra!”.
Se for uma criança de hipo-resposta, ou seja, que responde menos, vai precisar de muita informação para conseguir processar, entender e responder. A boca é um excelente lugar porque a resposta é rápida. Então ela precisará do mordedor mais vezes durante o dia, nesse caso o colar mordedor com texturas é mais indicado.
Um outro detalhe que merece atenção na hora de escolher o colar mordedor do seu filho é a densidade, que pode ser alta, média ou baixa.
Uma criança com mordida típica pode usar um mordedor mais mole, ou seja, com a densidade macia ou média. Já a criança com mordida forte, prolongada ou de trancamento, precisará de um colar mordedor mais duro, portanto, com a densidade alta.
Nesse texto nós estamos falando sempre do colar mordedor, mas existe a opção do mordedor sem o colar. Você já sabe quando escolher um ou outro?
Na verdade, é bem simples porque a ideia do colar mordedor é para que a criança consiga levar para todo lugar, principalmente à escola. Sabendo que o colar mordedor está com ela e está sempre por perto ela sente mais confiança, pois entende que poderá usar a qualquer momento que sentir necessidade do recurso terapêutico.
Mas atenção: o colar mordedor não é indicado para bebês e crianças pequenas. Isso porque elas ainda não conseguem discernir quando realmente precisam do recurso e vão acabar se habituando a ele, sem necessidade.
Exemplos de uso do colar mordedor
- Se a criança tem fixação por colocar tudo na boca, o colar mordedor deve ser usado com intensidade de sabor, para ajudar a criança a diminuir essa necessidade.
- No caso da criança que não morde, você pode usar o colar mordedor apenas como mordedor sensorial. Ele pode ser com textura, macio e volumoso.
- Não tem defensividade tátil e questões alimentares? Pode optar por um mordedor volumoso. Caso tenha, escolha um modelo mais fininho.
- Para crianças com mastigação excessiva, que mordem tudo que está na frente, roem unha e mordem as roupas, é preciso diminuir a necessidade mastigatória. Isso pode ser feito com mordedores de densidade mais dura.
Outra situação: se a criança tem uma tendência a ficar irritada, ou se sentir frustrada com mais frequência e precisar morder, é essencial que ela tenha um colar mordedor. Porque se em um desses momentos ela tentar te morder você oferecerá o mordedor. Você, mamãe ou papai, também pode ter um colar mordedor e morder junto para mostrar para criança como ela pode usar.
Dica do Panda
O uso do colar mordedor deve ser feito com repetição até a criança entender que isso a organiza. É sempre bom ter mais de um colar mordedor, com mordedores diferentes para você poder trabalhar os diferentes tipos de densidades e texturas.
Colar mordedor sensorial: primeiro contato
O primeiro contato com o mordedor deve ser feito pelo profissional de saúde, podendo ser dentista ou fonoaudiólogo, por exemplo. Ele entenderá qual a resposta do seu filho com esse recurso terapêutico.
É preciso ficar atento sobre como as crianças ficam após o uso do mordedor, afinal, ele é um estímulo sensorial de resposta imediata e cada criança tem uma necessidade específica. Lembra que já falamos sobre isso?
Mesmo que esse primeiro contato seja feito pelo terapeuta, quem deve introduzir o mordedor na boca é a própria criança. Depois que ela colocar na boca, o terapeuta, o papai ou a mamãe poderão coordenar o uso. Tudo deve ser feito no ritmo da criança.
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O colar mordedor também é para bebê em fase de amamentação?
SIM! Os bebês vão usar o mordedor ainda na fase de amamentação, logo quando os dentinhos estiverem nascendo. Cada bebê é único e tem uma reação diferente na hora do nascimento dos dentes. Pode haver aumento da salivação, dor e coceira nas gengivas, entre outros sintomas que se tornam muito incômodos para o pequeno, portanto, o mordedor pode ser um alívio!
É muito comum nessa fase que eles coloquem tudo na boca, inclusive as mãos. É exatamente por isso que o colar mordedor facilita a vida das mamães! Conheça alguns benefícios:
- Calma: gengiva coçando significa bebês mais chorões e sensíveis. Na hora do aparecimento dos dentes toda ajuda é bem-vinda e o mordedor aliviará a coceirinha.
- Concentração: nos momentos de maior irritação, geralmente ele fica inquieto e se movimenta bastante, sem manter nenhuma posição. Colorido e funcional, o colar mordedor chama a atenção do pequeno.
Como esterilizar
Por serem feitos de silicone, lavar se torna muito fácil. Quer aprender como esterilizar o colar mordedor? Você pode ferver ele em uma tigela com água e depois deixar esfriar. Prontinho!
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O Amigo Panda é uma empresa fundada pela terapeuta ocupacional, especialista em neurorreabilitação infantil, Thays Visachi, com a missão de facilitar o acesso aos melhores recursos terapêuticos para crianças e adolescentes de forma fácil e justa.
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