O que é paralisia cerebral: entenda tipos, causas e tratamentos

Uma das deficiências mais comuns em crianças, a paralisia cerebral afeta um a cada mil bebês nascidos vivos, sendo que no caso específico de prematuros, essa taxa aumenta consideravelmente. Mesmo assim, a condição ainda é bastante nebulosa na cabeça da maioria das pessoas, justamente por ser bastante ampla e ter diferentes causas e graus.

Para entender melhor o que é paralisia cerebral e conhecer mais sobre seus diferentes tipos, causas e protocolos de tratamento, siga na leitura deste texto.

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Paralisia cerebral: um amplo guarda-chuva

No que pensamos quando pensamos em paralisia cerebral? Se levarmos em consideração o nome da condição ao pé da letra, provavelmente o que vem à mente é um “cérebro parado”. Por conta disso, muitos imaginam que uma criança com essa condição tem seu desenvolvimento totalmente comprometido e nunca vai se desenvolver — o que é uma visão bastante equivocada.

A condição, na verdade, se trata de uma lesão neurológica que pode causar diferentes alterações e sintomas, dependendo do seu nível. Enquanto algumas crianças podem apresentar apenas uma leve rigidez muscular e dificuldades de coordenação motora, outras possuem deficiência intelectual e tanta rigidez que mal conseguem se movimentar.

O espectro da deficiência, portanto, é bem amplo, mas em geral ela é considerada grave e, não raramente, está relacionada à epilepsia, dificuldades com a fala e demais problemas no desenvolvimento dos aspectos sensoriais e motores

paralisia cerebral
A paralisia cerebral é considerada uma deficiência grave e está, comumente, relacionada a outras condições de saúde.

Causas e tipos de paralisia cerebral

As lesões neurológicas são causadas, em geral, por malformações cerebrais que ocorrem na gravidez ou por uma falta de oxigenação no órgão que pode ser causada durante a gestação, no momento do parto, por conta de acidentes ou como consequência de determinadas doenças. 

Tendo em vista que bebês que nascem antes do previsto passam menos tempo se desenvolvendo dentro do útero e, frequentemente, advêm de partos emergenciais e mais complicados, a prematuridade figura entre as principais causas de paralisia cerebral infantil.

paralisia cerebral - prematuridade
Bebês prematuros têm mais chance de apresentar a condição, seja por danos no desenvolvimento intrauterino ou por complicações no parto.

Por apresentar grupos de sintomas tão diferentes, a paralisia cerebral é dividida entre quatro principais tipos, que são classificados de acordo com a característica clínica dominante no paciente — o que também tem relação com sua causa. 

Paralisia cerebral espástica

Tipo mais comum de paralisia infantil, a espástica responde por cerca de 70% dos casos e se caracteriza justamente pelo aumento do tônus muscular (rigidez) que causa a dificuldade de realizar movimentos. As lesões responsáveis por esse grupo de sintomas acontecem na parte do sistema nervoso que controla os movimentos transmitindo sinais aos músculos (sistema piramidal).

Os pacientes podem ter diferentes partes do corpo afetadas pela rigidez, sendo que os que possuem tetraplegia espástica têm ambos os braços e pernas comprometidos e representam os casos mais graves, apresentando, também, com frequência, maior deficiência intelectual, dificuldades para se alimentar e convulsões. 

Crianças que possuem hemiplegia têm apenas o braço ou a perna de um dos lados do corpo afetados, as que possuem diplegia têm as pernas mais comprometidas que os braços e as que possuem paraplegia apresentam rigidez apenas nas pernas. Nesses casos, não são raros os casos de pacientes sem deficiência intelectual e que não apresentem convulsões. 

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Paralisia cerebral atetóide

Também conhecida como paralisia cerebral discinética, esse tipo se caracteriza por movimentos involuntários que têm origem no sistema extrapiramidal, parte do sistema nervoso responsável por modular os movimentos do corpo. 

Essa lesão faz com que haja uma distonia nos músculos do corpo, o que significa que o tônus muscular varia constantemente causando as contrações involuntárias. Com isso, por estarem em movimento o tempo todo, os músculos de pacientes com paralisia cerebral atetóide se desenvolvem mais que o normal, ficando hipertrofiados. 

Crianças afetadas por esse tipo de paralisia não costumam apresentar deficiência intelectual ou convulsões.

paralisia cerebral atetóide
Crianças com paralisia cerebral atetóide não costumam apresentar deficiência intelectual.

Paralisia cerebral atáxica

O caso mais raro da doença é causado por lesões neurológicas que atingem mais o cerebelo, órgão essencial para controlar e coordenar as funções motoras do corpo humano, incluindo a manutenção do equilíbrio e a precisão dos movimentos voluntários. 

Por conta disso, pacientes com paralisia cerebral atáxica apresentam dificuldades de coordenação, falta de equilíbrio, tremores e baixo tônus muscular, o que costuma causar também a abdução exagerada das pernas. 

Paralisia cerebral mista

Como o próprio nome sugere, nesta categoria de paralisia, dois dos três tipos listados se combinam, sendo mais frequente a mescla entre os tipos espástica e atetóide. 

Como diagnosticar 

A paralisia cerebral é mais comumente diagnosticada conforme o bebê cresce e começa a apresentar dificuldades e atrasos no desenvolvimento das habilidades motoras. Para confirmar a suspeita que vem por meio dos sintomas, é necessária a realização de exames de imagem que detectam as lesões neurológicas (em geral, a ressonância magnética). 

Exames de sangue ou que analisem as funções musculares e nervosas também costumam ser feitos para complementar o diagnóstico e detectar possíveis outros distúrbios ou síndromes que estejam relacionados. 

paralisia cerebral - como diagnosticar
Os exames de imagem são a principal forma de diagnosticar as lesões neurológicas que provocam paralisia cerebral.

Tratamento para a paralisia cerebral

A paralisia cerebral é uma condição que não tem cura. O tratamento, portanto, se dá por meio do acompanhamento do caso por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da medicina, da fisioterapia, da fonoaudiologia e da terapia ocupacional. 

A meta na condução do tratamento é promover a reabilitação dos pacientes e a maior autonomia possível, para que o indivíduo tenha uma vida mais funcional e menos dependente.

A terapia ocupacional é a área da saúde focada no bem-estar e na qualidade de vida de pacientes com questões que atrapalhem a execução das atividades do dia a dia. Ela trabalha ajudando os indivíduos a encontrar novas formas de superar as limitações e atuar de forma funcional e independente.

Para além das sessões, no entanto, o treino ocupacional se expande na vida cotidiana da criança por meio de ferramentas que complementam o processo, auxiliando os pacientes nas funções do dia a dia e na manutenção do tratamento. 

O Amigo Panda é um e-commerce de recursos terapêuticos infantis desenvolvidos com base na terapia ocupacional. Os produtos são cuidadosamente desenvolvidos para auxiliar as crianças e famílias nos processos de reabilitação. 

No caso de pacientes com paralisia cerebral, ferramentas como a escova vibratória oral Z-vibe e os mordedores funcionam atuam na fortificação do tônus muscular mandibular, enquanto as vestes terapêuticas garantem a estimulação proprioceptiva e a correção de problemas posturais como a abdução exagerada das pernas mesmo enquanto a criança está em casa. 

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