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Primeiros sinais de autismo: aprenda a identificar

Receber o diagnóstico médico de que o seu filho possui uma síndrome é sempre assustador e, por isso, muitos pais acabam tentando adiar esse momento o máximo que podem. A descoberta precoce, porém, pode fazer toda a diferença no prognóstico da criança.

Descobrir que um filho tem autismo pode parecer um pesadelo, mas não é. É o início de uma jornada diferente da que se esperava, mas que certamente será única e muito especial. Neste texto vamos conversar um pouco sobre a Síndrome de Asperger e te dar dicas de como identificar os primeiros sinais de autismo no bebê

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Transtorno do Espectro do Autismo – o que é?

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma síndrome neurológica caracterizada, principalmente, por desordens comportamentais e déficits na comunicação social. Ele leva o nome de espectro justamente por ser bastante amplo e ser dividido em muitos subtipos, com níveis diferentes de comprometimento. 

Por conta disso, é ainda mais importante que o diagnóstico seja feito precocemente: para que a evolução da criança passe a ser acompanhada de perto, ela receba os tratamentos e estímulos adequados e possa se desenvolver no máximo de suas potencialidades.

Causas do autismo

Conforme comprovam estudos recentes, suas causas são principalmente genéticas, mas ainda se pesquisa a possibilidade de interferência de fatores externos que podem estar associados – o assunto ainda é bastante controverso e não possui resultados conclusivos. 

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Segundo o banco de dados da Simons Foundation pesquisadores já identificaram 102 genes como os principais relacionados ao autismo entre os 913 já mapeados

A importância da intervenção precoce

A primeira infância é uma fase essencial para o desenvolvimento de uma pessoa, pois é nesse período da vida que o cérebro está mais receptivo ao aprendizado de novas habilidades. Por conta disso, o pequeno precisa ser exposto às experiências e estímulos adequados para sua idade e que impulsionem o seu desenvolvimento.

Toda criança precisa de estímulos, mas as que possuem transtornos e atrasos de desenvolvimento precisam que eles sejam direcionados e potencializados, de preferência com o acompanhamento de profissionais especializados.

O diagnóstico precoce possibilita as intervenções precoces, que proporcionam estímulos necessários e ampliem as capacidades de uma criança com autismo, para que ela possa diminuir seus níveis de comprometimento.

Primeiros sinais de autismo no bebê

Em geral, o TEA costuma ser diagnosticado pelos médicos quando a criança tem idade entre 1 ano e meio e 3 anos. Isso porque nessa fase espera-se que o bebê já seja verbal e apresente uma maior habilidade de comunicação e interação com o mundo.

No entanto, pesquisas recentes desenvolvidas pela Universidade de Miami apontaram que os próprios pais podem começar a analisar o bebê e perceber precocemente os sinais relacionados à comunicação não verbal

O olhar pode ser uma grande chave, visto que o contato visual do bebê é um sinal muito importante da criação do vínculo dele com a mãe. Os bebês neurotípicos, em geral, olham nos olhos da mãe enquanto mamam, enquanto os pequenos autistas ficam com o olhar perdido, demonstrando dificuldade em manter esse contato. Resistência ao toque e não emitir resposta aos sorrisos dos pais também estão entre os primeiros sintomas

Choros ininterruptos, inquietações constantes ou, ao contrário disso, uma apatia exagerada podem ser pontos de atenção. Se o bebê demonstrar um incômodo além do comum com determinadas texturas e apresentar uma dificuldade maior na introdução alimentar, também pode ser motivo de se alarmar. 

Outros sintomas 

A medida que a criança se desenvolve, é possível começar a perceber também outros sinais importantes de que alguma coisa está fora dos padrões. 

Alterações comportamentais

Crianças no espectro de autismo podem apresentar apresentar estereotipias, como balançar o tronco constantemente ou bater as mãos; gostam de rotina e podem ficar assustadas quando algo sai do comum; focam a atenção em objetos específicos ou até partes deles; apresentam alterações de sensibilidade a estímulos externos; ficam extremamente agitados quando expostos a ambientes barulhentos; podem passar minutos a fio em silêncio olhando na mesma direção, com o olhar perdido.

Problemas de comunicação

Uma criança com síndrome de Asperger em geral demora mais do que o comum para começar a falar e, muitas vezes, apesar de demonstrar já ter aprendido, prefere não falar; costuma repetir o que os outros dizem, sem necessariamente ter compreendido o sentido; tem dificuldade de entender gestos e expressões das pessoas e, até por isso, de demonstrar empatia; é menos propenso a utilizar o lúdico e a imaginação para brincar.

Dificuldades de socialização

Os portadores de autismo, em geral, têm maior dificuldade de entender as normais sociais que os regem, e podem agir inusitadamente, contrariando o esperado, como por exemplo rindo alto enquanto todos estão em silêncio; podem apresentar dificuldade de criar laços com os adultos que os rodeiam e com outras crianças; evitam demonstrações de carinho e afeto como abraços e beijos.

Dito tudo isso, é importante lembrar que nenhuma pessoa é uma caixinha, e muito menos uma criança autista seria. Receber um diagnóstico de autismo não quer dizer que seu filho apresentará todos os sinais, ou, até, que ele apresentará o mesmo comportamento para sempre. A intervenção precoce pode ser a chave para vencer essas barreiras.

Como confirmar o diagnóstico

Um diagnóstico de autismo é totalmente clínico, não existindo ainda exames biológicos que o possam comprovar. Ele se dá por meio da observação do paciente e conversas da equipe médica com os pais e cuidadores. Se você está com a pulga atrás da orelha, se enxergou algum sinal, converse com o pediatra do seu filho e busque, sempre, mais de uma opinião.

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O pediatra possivelmente encaminhará a criança para consultas com outros especialistas como um neurologista e um psicólogo

Acompanhamento do desenvolvimento

A partir do diagnóstico e buscando o acompanhando dos profissionais adequados, é preciso ter em mente que a criança está recebendo os estímulos adequados e se desenvolverá da forma que for possível, no tempo dela. 

Esteja sempre alinhado com os especialistas que vão te acompanhar nessa jornada, tenha certeza de que todos estejam falando a mesma língua e trabalhando com abordagens que façam sentido entre si. Saiba também que nada é imutável: à medida que o seu filho se desenvolvem, com certeza haverá mudanças nas estratégias e nos tratamentos. 

O autismo não tem cura, mas as novas descobertas de tratamentos e a intervenção precoce oferecem, cada vez mais, um excelente prognóstico e o seu pequeno tem tudo para se desenvolver e encontrar sua própria maneira de vencer as dificuldades.

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Para ler mais sobre Distúrbios de aprendizagem infantil dentro e fora do Espectro Autista, acesse este artigo.

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16 COMENTÁRIOS

  1. Meu filho é um autista e eu amei saber sobre o assunto,obg por nos manter informados sobre o assunto obg!!

  2. Olá! Me chamo Cecília. Sou estudante de pedagogia e estou escrevendo meu TCC, achei seu artigo riquíssimo e gostaria de citá-lo. Você (Thays) que escreveu? Qual ano de publicação?

  3. Oi meu filho tem cinco anos e de alguns meses eu venho percebendo que tem vários sintomas no meu filho pq ele repete muito o que falo e. Tenho um bebê de dois anos e quando eles estão brincando e toma os brinquedos e não liga muito pq ele chora e se tomar algum dele ele fica muito nervoso fora do normal e sai batendo nas coisas queria uma orientação obrigada

  4. Olá ,tenho uma filha de 2 anos ,e ela apresenta muita inquietações, até mesmo quando do está dormindo ,fora do comun preciso de uma orientação

  5. O meu filho tem 35 anos mas agora ele está mor do em outro país mas ele não tem paciência de conversar com ninguém quando quer falar algo ele não deixa ninguém falar fica falando a mês.a palavra que quer falar até que ouça ele só fala agora da bíblia e acha que todos te. Que fazer o certo quer Dizer o que ele acha certo quanto coloca alguma cisa na cabeça quase fica doido até resolver não gosta de ficar perto de pessoas não tem paciência com ninguém será que pode ter altis.o mas não acredita que isso possa ser alguma coisa de saúde me ajude sei que ele sofre com isso Joaquina

  6. Eu tenho um bebê de 3 anos até agora nada de falar, ele fala só 5 coisinha e nada mas , devo me preocupar?

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