Dificilmente paramos para pensar nisso no dia a dia, mas não é surpreendente pensar que nosso corpo é composto por inúmeros músculos, responsáveis por todos os movimentos que realizamos? Se isso tudo não fosse coordenado, simplesmente não conseguiríamos fazer atividades básicas do cotidiano.
Quando um neném nasce, ele tem pouco controle sobre o próprio corpo. Ao longo de seu desenvolvimento, no entanto, vai adquirindo novas habilidades e atingindo marcos motores importantes. À medida que a idade avança, já começa a ser esperado que ele refine seus movimentos, se tornando capaz de manipular pequenos objetos e fazer gestos mais delicados.
Confira um pouco sobre o assunto e anote algumas dicas de como estimular a coordenação motora fina nas crianças!
Tabela de conteúdo
O que é coordenação motora fina
Bom, se a coordenação motora é a habilidade de mover os músculos do corpo de forma organizada e precisa, o que exatamente difere as coordenações grossas e finas? Cada um desses grupos se refere a determinado tipo de músculos e, portanto, movimentos.
A coordenação motora grossa está relacionada a movimentos grandes que, por sua vez, são originados pelos nossos maiores músculos. Utilizar braços e pernas para andar, correr, dançar e plantar bananeira, entre outras atividades, representam nossas habilidades de coordenação motora grossa — que necessita de tônus muscular para acontecer.
A coordenação motora fina, por sua vez, está relacionada às atividades que exigem a movimentação dos músculos menores do nosso corpo: utilizar os dedos para escrever, digitar, encaixar peças pequenas ou pregar um botão são exemplos clássicos, mas até a movimentação dos olhos e dos lábios se encaixa na categoria!
A importância do seu desenvolvimento
O domínio da coordenação motora fina vai ficando cada vez mais essencial à medida que as crianças avançam nas etapas de aprendizagem. No momento da entrada no ensino fundamental e início da alfabetização é muito importante que elas já tenham um bom controle sobre os músculos das mãos, que serão extremamente necessários para que ela consiga aprender a manusear os lápis para escrever e, é claro, ter destreza para realizar diversos outros trabalhinhos que virão.
A boa notícia é que a prática e o estímulo são maneiras muito eficazes de aprimorar a coordenação, e, a seguir, traremos algumas dicas de atividades para fazer em casa! Lembramos, no entanto, que caso você perceba que existe um atraso importante no desenvolvimento motor do seu filho, a indicação é procurar o profissional adequado para realizar uma avaliação!
Atividades para estimular a coordenação motora fina
As brincadeiras são excelentes fontes de estímulos para diversos campos de aprendizado da criança, e isso não seria diferente com a coordenação motora. Atividades cotidianas também são excelentes momentos de aprendizagem, confira só:
1. Massinha de modelar
Esse passatempo costuma ser um queridinho entre os pequenos e é ótimo para o treino da coordenação motora fina, já que eles precisam praticar muito o controle dos dedinhos para modelar e criar as formas que desejam.
Para incentivar, se a criança for bem receptiva, proponha desafios como o de fazer bolinhas de diferentes tamanhos e, de acordo com a habilidade da criança, aumente a dificuldade da proposta. Será que ela consegue modelar seu personagem favorito? Escrever com massinha a primeira letra de seu nome?
O céu é o limite para as ideias que podem entreter a criança por longos períodos de tempo, estimular a capacidade de foco e atenção, a expressão artística, a criatividade e, é claro, a destreza manual!
2. Jogos de encaixar formas
Desde o primeiro brinquedo de encaixar ao qual o bebê tem acesso em seus primeiros meses de vida até os complexos quebra-cabeças e legos voltados, inclusive, para o público adulto, todos esses jogos propiciam o treino das habilidades de coordenação motora fina, dependendo, é claro, do nível e da idade da criança.
Além do significativo exercício cognitivo que é necessário para que a criança aprenda a observar atentamente para entender onde deve ir cada peça, ela precisa coordenar seus movimentos visuais e o dos dedos para encaixar cada pecinha em seu buraco adequado.
3. Brincadeiras com líquidos e recipientes
Transferir líquidos entre diferentes recipientes também é um treino interessante para os pequenos, e essa atividade também pode ser feita de diferentes maneiras, de acordo com a idade e o grau de habilidade. Para deixar a brincadeira ainda mais divertida, você pode experimentar diferentes corantes para tingir a água!
Se a criança for pequena, pode começar transferindo a água de um copo para uma bacia. À medida em que ela vai adquirindo destreza, que tal experimentar recipientes com bocas menores, quem sabe incentivando até o uso de um funil.
Também é possível treinar o uso de um conta-gotas e, para treinar o controle oral, vale até experimentar fazer transferências utilizando um canudo! Neste último caso, é importante que o líquido seja potável, já que a criança pode acabar engolindo bastante no processo.
4. Atividades cotidianas
Separar pedaços do dia para propor brincadeiras para a criança é sempre interessante, mas isso não quer dizer que eles são os únicos momentos de aprendizagem, longe disso! As atividades práticas do dia a dia também são infindáveis fontes de ensinamento.
Na hora do banho, por exemplo, que tal tentar lavar beeeem entre os dedinhos e atrás das orelhas? A mesma coisa na hora de enxugar! A hora de vestir a roupa também pode ser um bom treino: será que a criança já tem idade para tentar se vestir sozinha? Colocar as meias? E tentar amarrar os sapatos?
Que tal pedir a ajuda dela para guardar algumas compras no armário? Ou mesmo organizar os próprios brinquedos na estante! Tudo isso exercita esses pequenos músculos — e ainda ajuda a inserir o pequeno na rotina e nos afazeres da família, o que é sempre positivo, se tiver de acordo, é claro, com sua idade e suas capacidades.
5. Papéis, lápis, canetas e tesouras!
Um papel em branco é sempre um convite à criação, não é mesmo? E as criações artísticas também podem trazer muito aprendizado e treino de coordenação motora fina para as crianças. Para as menores, só o fato de conseguirem segurar um lápis (ou mesmo giz de cera) e rabiscar sobre o papel já é uma prática intensa!
À medida que o seu pequeno cresce e demonstra mais destreza, é bacana incentivar criações com novas ferramentas e maiores níveis de dificuldade, como desenhos, pintura dentro das linhas e, com uma tesoura sem ponta e a supervisão de um adulto, o treino de recortar, que é outro forte estímulo.
Caso a sua criança apresente maiores dificuldades no manuseio desses e outros pequenos objetos, existem recursos terapêuticos que podem ajudá-lo nessa função! O Eazy Hold é, atualmente, uma ferramenta de auxílio à vida diária bastante famosa nos Estados Unidos.
Se trata de uma alça de silicone com pontas de diferentes diâmetros que podem ser acopladas a diversos objetos que fazem parte do cotidiano, desde brinquedos e lápis até colheres e escovas de dente.
Macio, confortável de usar e facilmente transferível de um objeto para outro, ele é um excelente recurso para ajudar a criança a segurar com mais controle o que precisa no momento. Para conhecer, é só clicar no banner abaixo!
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