Quando nasce um bebê, nasce com ele um monte de dúvidas. É muito comum que os pais, principalmente de primeira viagem, se sintam perdidos em relação ao que esperar do comportamento da criança e de cada uma das etapas do seu desenvolvimento.
É certo que cada criança tem seu tempo e que todo processo de desenvolvimento é único, mas existem pontos chaves que podem ser levados em consideração para que seja possível entender se está tudo dentro do esperado. Neste texto nós compilamos os marcos motores do primeiro ano do bebê, segundo a Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
É importante que os pais fiquem atentos a eles e observem seus bebês, para entender se é necessária alguma intervenção: se houver algum problema, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no prognóstico. Confira o texto!
Tabela de conteúdo
Marcos de desenvolvimento motor do primeiro ano de vida do bebê
O modo de se movimentar traz informações importantes sobre o desenvolvimento do seu filho. Note se ele já alcançou os marcos correspondentes à sua idade e esteja sempre conversando com seu pediatra sobre essas questões.
2 meses
Ao chegar aos 2 meses de vida, a maior parte dos bebês já consegue manter a cabeça elevada e começa a tentar erguer o tronco enquanto está na posição de bruços.
Para estimulá-lo a levantar a cabeça, chame sua atenção posicionando brinquedos ao nível dos olhos do bebê e depois erguendo os brinquedos, para que ele se interesse por ele e se esforce para acompanhá-los com a visão.
Se com essa idade o bebê não firma a cabeça ainda, é importante checar com o pediatra o que pode estar acontecendo ou o que pode ser feito para estimulá-lo.
4 meses
Aos 4 meses, o bebê deve ser capaz de manter sua cabeça erguida sem precisar de apoio ou aparentar esforço. Ele também já deve conseguir levar as mãos à boca com facilidade e segurar e chacoalhar pequenos brinquedos.
Quando de bruços, um bebê de 4 meses já consegue erguer o tronco e se apoiar sobre os cotovelos, bem como rolar sozinho para voltar à posição de barriga para cima. Ao estar com os pés encostados em uma superfície dura, ele consegue fazer força para empurrar com as perninhas.
Para estimulá-lo a ganhar força nas pernas, segure-o na posição em pé com os pezinhos encostando no chão enquanto ele tenta se firmar sobre eles, mesmo que com apoio.
Aos 6 meses
Aos 6 meses o bebê é capaz de rolar em ambas as direções e já começa a sentar sem apoio. Quando segurado na posição em pé, consegue apoiar o peso do corpo sobre as pernas e até ensaiar o movimento do salto.
Quando de bruços, começa a se movimentar para frente e para trás, ensaiando engatinhar. Para estimulá-lo a alcançar esse marco, coloque brinquedos pelos quais ele se interessa levemente distantes do seu alcance, para que ele tente chegar até eles.
Aos 9 meses
Com essa idade, é esperado do bebê que ele já tenha facilidade em se sentar sozinho e, quando sentado, já faça força para levantar, conseguindo permanecer de pé quando apoiado em algum móvel ou objeto.
12 meses
Ao completar o primeiro ano de idade, o bebê já consegue ficar de pé sozinho, caminhar segurando nos móveis e começa a tentar dar alguns passos sem apoio nenhum. Nessa etapa do desenvolvimento, a possibilidade de exploração é seu maior estímulo. Sua casa, ou pelo menos alguns cômodos, estão seguros para que ele possa brincar e treinar sua locomoção livremente?
O que fazer se o bebê parecer atrasado em relação às etapas?
Os marcos motores do desenvolvimento infantil existem para que os pais e profissionais adequados consigam acompanhar o bebê e saber o que esperar dele em cada etapa – mas o não atingimento dos mesmos não necessariamente significa algum problema sério.
É importante se atentar e não desesperar. Caso perceba alguns atrasos no seu pequeno, converse com o pediatra dele, que deve te ajudar a entender o motivo, dar dicas de como estimulá-lo ou ainda, se for o caso, encaminhá-lo para consultas com especialistas.
Estar atento aos marcos de desenvolvimento não é preocupação excessiva ou “procurar pelo em ovo”, mas sim entender sinais que tornem possível o diagnóstico e a intervenção precoce no caso de alguma anormalidade, o que pode fazer toda a diferença no sucesso de um tratamento.
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