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Aprenda os benefícios da Shantala para bebês com Síndrome de Down
Você já ouviu falar na prática da Shantala em bebês com Síndrome de Down ou sabe como ela pode ser benéfica para eles? Muitos estudos têm indicado essa prática para os pandinhas com SD por seus estímulos benéficos ao desenvolvimento motor e tonificação de funções internas específicas. Vamos entender melhor suas vantagens e aprender como fazê-la? Boa leitura!
O que é a Shantala?
A técnica de massagem para bebês Shantala se define como um momento de cuidado e relaxamento, além de ser um fortalecedor de vínculos afetivos entre cuidador e o bebê. Através de movimentos ritmados e fortes no tórax, membros inferiores, superiores e costas promove efeitos comportamentais e fisiológicos.
Sendo aprimorada desde que foi descoberta, a Shantala vêm sendo cada vez mais pesquisada devido aos seus inúmeros benefícios, seja em bebês e crianças portadores ou não de Síndrome de Down desde o primeiro mês de vida até os sete anos de idade.
É um contexto: durante a massagem, a maneira como a mãe toca o bebê, seja pelas suas mãos ou mesmo com o olhar, a forma com que dá banho, o embala, alimenta e o modo como ela conversa com o bebê permitem que ele entre em contato com as diversas partes do seu corpo e vivencie um sentimento de tranquilidade e segurança.
Por isso, costumamos dizer que a Shantala é mais que uma simples massagem, é um momento de troca e muito amor! Se você quer experimentar, continue a leitura que já já vamos explicar o passo a passo!
Quem inventou a técnica da Shantala?
A massagem Shantala foi descoberta por Frederyk Laboyer, um médico francês, em 1970 em Calcutá, no sul da Índia ao observar uma mãe que se chamava Shantala, fazer movimentos repetidos para acalmar seu bebê. De acordo com a sabedoria popular do local, muitos anos antes, esse hábito de massagear as crianças foi difundido por monges, tornando-se assim, uma tradição entre mães e filhos.
Para estes povos, manter o contato corporal íntimo, contribui para conservar o bebê em estado de equilíbrio, estimular seu desenvolvimento motor e intelectual, a fortalecer os músculos, acalmar e favorecer para um sono tranquilo.
Apesar do carinho ser algo considerado corriqueiro e até mesmo óbvio no dia a dia de mães e filhos, saber que existe uma prática tão milenar e comprovada traz um novo olhar para esses momentos de relaxamento, não é mesmo?
Podemos fazer Shantala em qualquer bebê?
Sim, mas em algumas situações específicas, a sua prática é desaconselhada, como:
- Quando a criança estiver com fome;
- Crianças que acabaram de ser alimentadas;
- Em crianças resfriadas;
- Crianças com febre.
A Shantala, aplicada em alguma das condições acima pode agravar os desconfortos que a criança já sente e deixar de ser um momento de relaxamento. Fique atenta!
Quais os reais benefícios da massagem para bebês do tipo Shantala?
Como falamos acima, a Shantala pode ser feita em bebês a partir de 1 mês de vida – momento que eles iniciam na maturidade sensorial e cicatrizam o umbigo, e pode ser feita até a criança completar sete anos de idade.
Dentre os melhores benefícios e efeitos da Shantala para a criança, podemos destacar:
- Aprimora o vínculo afetivo;
- Estimula a digestão e relaxamento;
- Melhora o contato e aproximação com os pais e familiares (a criança fica mais calma e menos agressiva);
- Melhora os padrões de sono;
- Evita cólicas e prisão de ventre;
- Auxilia o bebê a ter consciência corporal (propriocepção);
- Pode ser ótimo para o desenvolvimento muscular de prematuros – muito comum em bebês com SD;
- Quando feita no rosto, auxilia o descongestionamento nasal;
- Melhora a respiração por ampliar a caixa torácica;
- Estimula a coluna vertebral;
- Diminui a produção de cortisol, o hormônio do estresse, favorecendo o sistema imunológico.
Ufa! Quantos benefícios, não é? E para bebês com Síndrome de Down, ainda podemos adicionar:
- Desenvolvimento da linguagem;
- Facilita a aceitação da condição da criança por parte dos pais e cuidadores;
- Aquisição mais rápida de movimentos próprios para a idade;
- Melhora da preensão manual e da transferência manual de objetos;
- Melhora do controle cefálico, de tronco e de apoio para marcha.
Shantala para bebês com síndrome de Down: passo a passo
A criança com Síndrome de Down manifesta algumas características fenotípicas como olhos amendoados, mãos e pés pequenos, pescoço largo e orelhas posicionadas mais para baixo. Ainda existem outras características comuns, como predisposição a doenças cardiovasculares, baixo tônus muscular e dificuldades cognitivas. Você pode acessar esse nosso artigo que detalha outras alterações neuromotoras para entender melhor.
Mas agora que você já percebeu como a Shantala pode ser incrível para a saúde do seu pandinha com Síndrome de Down, vamos entender como fazer em um passo a passo bem simples? Vamos lá!
Dicas de relaxamento: preparação para a Shantala
- Antes de tudo, prepare um ambiente tranquilo, macio e com temperatura amena para que o bebê se sinta confortável sem as roupas durante a massagem. Pode ser um tapete ou colchão. Leve em consideração que o bebê pode ficar sonolento depois da Shantala, então evite estar longe do seu berço.
- Escolha também um óleo vegetal com indicação de uso infantil para facilitar seus movimentos. Em caso de alergias ou contraindicações, deixe o óleo de lado e certifique-se de que sua mão esteja aquecida para realizar a massagem, e para isso, esfregue uma na outra.
- Para o som ambiente, você pode escolher uma trilha sonora de relaxamento, músicas infantis tranquilas, ou até mesmo cantarolar para o bebê.
- Certifique-se de que você não está usando adereços que podem machucar ou se enroscar no bebê e de que suas unhas estejam curtas e sem pontas.
- De acordo com a sequência de movimentos, é importante manter o fluxo de massagem nas áreas: rosto, peito, braço, mãos, barriga, pernas, pés e costas. Essa é uma ordem que propicia o relaxamento gradual dos bebês.
Como fazer Shantala em bebês com síndrome de Down
Neste momento, o mais importante é perceber a disposição do bebê para receber a massagem. É preciso levar em conta as contraindicações que mencionamos acima, mas acima de tudo, perceber também se algum movimento não é bem recebido pelo bebê (se ele chora ou resmunga, pule para o próximo movimento). Assim, a sessão pode durar de 15 a 30 minutos.
Massagem para o rosto do bebê
Una os dedos indicadores médios e os coloque acima da sobrancelha como se estivesse fazendo um coração na testa.
Com os polegares, deslize da sobrancelha, passando delicadamente pelas pálpebras e descendo até as bochechas. Depois, do meio da testa vá deslizando os dois polegares suavemente pelos lados do nariz, como se estivesse contornando o rosto.
Por fim, coloque os dois polegares no meio da testa e vá fazendo movimentos deslizando para o lado, ou seja, contornando a região da sobrancelha.
Massagem para o tórax e braços do bebê
As massagens realizadas no tórax, pernas e costas têm uma importância maior ao serem realizadas em crianças com Síndrome de Down, já que elas apresentam hipotonia generalizada e o tônus muscular reduzido.
Inicie colocando as duas mãos no peitinho do bebê e realize movimentos suaves partindo da região do centro em direção às laterais. Repita algumas vezes.
Depois, com apenas uma mão, pegue no ombro e cruze o tronco, fazendo movimentos diagonais, sempre de cima para baixo. Depois, alterne com a outra mão.
Em seguida, coloque uma mão no começo do abdômen e vá deslizando até a parte de baixo da barriga.
Segure o bracinho perto dos ombros com apenas uma das mãos e com a outra, deslize até o pulso. Faça novamente com o outro bracinho, sempre alternando as mãos. Depois, repita o gesto com as duas mãos juntas e direcione os movimentos do ombro até o pulso, numa frequência de vai e vem.
Só então, abra as mãozinhas do bebê com o auxílio dos seus polegares e massageie do centro até os dedinhos.
Para finalizar, cruze os braços sob o peito do bebê, abrindo e fechando. Faça o mesmo com as perninhas.
Massagem para as pernas e costas do bebê
Para as pernas, os movimentos são bem parecidos com os feitos nos bracinhos. Inicie próximo ao quadril e vá descendo até o joelho e depois até o tornozelo do bebê, mas com as perninhas elevadas.
Na planta dos pés faça movimentos do centro para as laterais e nos dedos também.
Para massagear as costas, vire o bebê de lado e posicione a mão esquerda sobre o seu bumbum, sustentando seu corpinho. A mão direita deverá deslizar nas costas a partir da nuca, passando pela coluna até o bumbum, ambas se encontrando no final.
Ainda massageando as costas, agora vire o bebê de bruços e com uma mão segure os pezinhos e com a outra deslize desde a nuca até o tornozelo, em movimentos de vai e vem.
Por fim, você pode terminar a sessão com um banho morno já que a criança estará muito relaxada e pronta para tirar uma soneca!
Cuidados com o bebê com Síndrome de Down
Como sabemos, para a Síndrome de Down não existe nenhum tratamento específico. Porém, algumas ações através de fisioterapia, estimulação psicomotora, fonoaudiologia e outras, são importantes para estimular e auxiliar no desenvolvimento da criança. Por isso, conhecer a fundo técnicas de estímulo e relaxamento como a Shantala pode fazer a diferença no cuidado com seu bebê.
Queremos salientar também a importância do acompanhamento terapêutico desses pandinhas, que ao crescer precisam de estímulos cada vez mais diversificados.
Ao conversar com o terapeuta responsável, discuta a possibilidade de utilizar produtos que fortaleçam os músculos e refinem a coordenação motora deles durante os exercícios diários em consultório e até mesmo em casa.
Aqui no Amigo Panda, desenvolvemos alguns produtos especialmente para esses casos, e você pode conhecê-los através da nossa loja online:
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Esperamos você!
Este artigo é um conteúdo autoral do Amigo Panda, mas outras fontes de pesquisa foram utilizadas nesta redação, como: Efeitos da Shantala e Benefícios da Shantala .