Muitos marcos são esperados ao longo do crescimento do bebê, e as primeiras palavras são, certamente, um dos mais aguardados. Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento de inúmeras habilidades cognitivas, entre elas a linguagem e a comunicação.
O estímulo é muito importante para a evolução do aprendizado infantil, já que os bebês adquirem suas habilidades por meio de suas vivências no dia a dia. Siga na leitura para entender um pouco mais sobre o processo de desenvolvimento da linguagem e conferir dicas de como estimular a fala da sua criança!
Tabela de conteúdo
O desenvolvimento da linguagem
Desenvolver a habilidade da linguagem é muito mais que falar. Passa por entender como se comunicar em diferentes etapas cognitivas, primeiro por meio do choro, dos primeiros balbucios, primeiros sinais e, então, à criação de conceitos mentais para cada palavrinha que se aprende.
Com o cérebro e os neurônios se formando a pleno vapor, o bebê começa a entender o que é “mamãe”, com o que aqueles sons estão relacionados, entende o conceito e só depois, então, começa a tentar balbuciar os mesmos sons.
Faz parte de uma etapa do desenvolvimento da linguagem, portanto, perceber que o bebê dirige seu olhar ou até mesmo aponta quando perguntado por alguma pessoa ou objeto. Entre ele conseguir apontar para o papai ao ouvir essa palavra e, de fato, experimentar falá-la, um turbilhão de sinapses são construídas.
Sinais de atraso na fala
Segundo a Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), alguns marcos de desenvolvimento de linguagem podem ser observados para entender se a criança está alcançando o esperado para a idade. É claro que cada bebê tem seu tempo, mas é importante estar atento aos sinais para perceber se algo merece mais atenção.
2 meses
Espera-se que o bebê comece a emitir sons, bem como virar a cabeça para perseguir os ruídos do ambiente.
4 meses
Ele começa a balbuciar vogais, tanto livremente como com o intuito de imitar os sons que escuta. A essa altura, a criança também já chora de maneiras diferentes para expressar fome, dor ou sono.
6 meses
O bebê já responde a estímulos sonoros emitindo seus próprios sons e gosta de trocá-los com outras pessoas, bem como responde quando chamado pelo próprio nome e começa a balbuciar sons que envolvem consoantes.
9 meses
A criança já compreende e reage ao “não”, balbucia um leque de sons diferentes com repetições como “dadada” e “papapa”, bem como começa a usar o dedo para apontar objetos e tentar imitar os sons e os gestos das outras pessoas.
1 ano
Com 1 ano de idade, a criança já responde a pedidos e instruções simples, é capaz de assimilar e reproduzir gestos significativos como o do “sim”, “não” e “tchau”, começa a manejar diferentes tons ao balbuciar sílabas e tentar pronunciar pequenas palavras.
1 ano e meio
Nessa fase, é esperado que o bebê já fale certa quantidade de palavras simples, tenha mais domínio sobre a comunicação gestual e saiba apontar exatamente o que ele quer.
2 anos
Em geral, a criança já começa a formular frases de até 4 palavras, conhece as pessoas próximas pelos seus nomes e reconhece, também, as partes do corpo. Já consegue, também, repetir palavras novas que escuta e é capaz de seguir instruções simples.
3 anos
Nesse período, a criança consegue seguir instruções mais elaboradas, com até 3 passos. Já entende conceitos como “dentro/fora” e “cima/baixo”, consegue se apresentar falando seu primeiro nome, sua idade e seu gênero, bem como reconhece o nome dos amigos, consegue engajar em conversas com mais de 3 frases e se comunica bem o suficiente para que pessoas estranhas consigam entender o que ela fala.
É importante ficar atento a esses marcos para perceber se a criança demonstra estar muito aquém do desenvolvimento para, se for o caso, buscar aconselhamento e acompanhamento médico e terapêutico. O diagnóstico precoce de algum problema faz toda a diferença no desenvolvimento e no prognóstico!
Como estimular o bebê a falar
Se realmente houver algum atraso significativo no desenvolvimento da linguagem do seu bebê, é muito importante contar com acompanhamento médico e terapêutico. De qualquer forma, existem algumas formas de estimular a criança a falar, que podem ser praticadas no dia a dia da família, confira algumas dicas:
1. Fale com ele, desde o início
Pode parecer esquisito se comunicar com alguém que ainda não fala, mas é muito importante falar com o bebê desde seu primeiro dia de vida. Não só porque ele consegue se acalmar ouvindo a voz de seus cuidadores, mas também porque vai exercitando o cérebro e formando sinapses que atuarão no desenvolvimento de sua linguagem.
Experimente explicar para o bebê sobre cada coisa que você vai fazer com ele, ajudando também a adaptá-lo à rotina. Aproveite momentos como o do banho e da troca de fraldas para conversar ou cantar, criando ainda mais conexão com ele.
Quando ele começar a experimentar balbuciar, incentive, estimule uma conversa, mostrando que está ouvindo e respondendo de volta.
2. Nomeie os objetos
Além de conversar com o bebê, lembre-se de, constantemente, explicar o mundo para ele — nomeando situações e objetos. Isso pode acontecer naturalmente, no meio da rotina. Na hora do banho, que tal contar para ele que vocês usam a banheira, o sabonete e a toalha? Essas apresentações e repetições ajudaram a criança a começar a formar esses conceitos na mente e, futuramente, transportá-los para a linguagem falada.
3. Use o vocabulário correto
Pode parecer irresistível fazer voz de bebê e falar um bom e velho “tatibitati” na hora de se comunicar com a criança, mas faça o possível para se comunicar corretamente, afinal de contas, tudo será aprendizado pra ele. Utilize a língua corretamente e não tenha receio de dizer frases elaboradas: mesmo que não entenda agora, ele está escutando e formando sinapses importantes!
4. Faça o possível para entendê-lo
Quando o bebê começar a se comunicar, seja por meio de gestos ou balbucios, faça o possível para entendê-lo. Demonstrar impaciência ou irritação pode desestimulá-lo a evoluir com as tentativas para chegar a uma comunicação cada vez mais eficiente.
5. Incentive a linguagem de sinais para bebês
Muitos pais e cuidadores ficam com receio de ensinar o bebê a se comunicar por sinais, imaginando que ele pode se acomodar com essa linguagem e retardar o desenvolvimento da fala. No entanto, isso é um mito, visto que o aprendizado de uma língua apenas facilita as outras.
A linguagem de sinais pode ser bem interessante para que o bebê consiga se comunicar mesmo antes de aprender a falar, de forma a evitar choro e frustrações por não ser entendido.
O que é terapia oromotora
Pode não parecer, mas são muitos os músculos do nosso corpo que estão envolvidos nas atividades orais, tanto relacionadas à alimentação quanto relacionadas à fala. Caso haja alguma dificuldade, eles podem ser estimulados de maneira mais efetiva por meio da terapia oromotora.
Muito comumente relacionada ao desenvolvimento da fala, a fonoaudiologia é uma ciência que está além disso, por contemplar, além dos processos de comunicação, os de mastigação e deglutição humana. A especialidade da motricidade orofacial é a responsável por habilitar ou, ainda, reabilitar as funções da face relacionadas a essas funções, oferecendo maior qualidade de vida ao paciente.
O processo terapêutico deve ser indicado e conduzido por um profissional da área, mas é importante o conhecimento de que existem recursos para trabalhar esses estímulos em casa, no dia a dia, como a escova Z-vibe.
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